A luta dos professores da rede municipal pela defesa e manutenção de seus direitos e conquistas é histórica. Governo após governo temos nos enfrentado para garantir nossos direitos.
A exemplo, na nossa luta e memorável greve pela implementação da lei do Piso, sofremos a derrota de perca dos 30% da regência. No entanto alcançamos algumas conquistas, tais como a implementação das 40h de jornada de trabalho e o 1/3 de planejamento, que o governo boicotou e cedeu pela pressão do movimento somente o 1/5.
O governo atual já prepara mais um ataque à categoria. Propõe um calendário escolar com o retorno ao sábado letivo, retirada de parte das férias e 5º tempo para professores (as) do 1º e 2º ano. Anulando assim as conquistas anteriores alcançadas pela categoria.
Disfarçadamente, o governo anula direito no que diz respeito à jornada de trabalho (40h) e coloca como opcional o trabalho renumerado aos sábados, compra de férias e acréscimo, também renumerada, da jornada dos 1º e 2º ano. Esse aumento da jornada prejudica, principalmente, a vida da mulher trabalhadora, majoritária em nossa categoria, já que, por muitas vezes, aumenta a já ampla carga de trabalho docente que somando-se aos trabalhos de cozinhar, lavar e passar – ou seja, o trabalho doméstico – que em regra recaem sobre as mulheres trabalhadoras.
Considerando que tivemos 30% da nossa regência incorporada, sem uma real valorização profissional prevista na lei do piso, a categoria continua com salários rebaixados. Aproveitando-se da nossa condição salarial, o governo objetiva tratar o setor público à maneira do setor privado, propondo compra de férias, “hora-extra” e trabalho aos sábados.
DIREÇÃO DO SINDICATO PRECISA SER FIRME
Veladamente a direção majoritária do SINDIUTE acata a decisão do governo, quando sequer propõe que o sindicato adote uma oposição acerca do calendário na reunião de diretoria. Trata-se de um erro o sindicato assinar um Pacto de Responsabilidade Social e Pedagógica pelos estudantes da rede pública de Fortaleza. Não podemos dividir com o governo a culpa pela crise que passa a rede pública municipal.
Por que nesse pacto não se propõe efetivação da lei do piso, 1/3 de planejamento para o próximo ano letivo, aumento de investimento na educação, redução da quantidade de alunos por sala, concurso público para professor, respeito aos direitos como a redução de carga horária e a licença-prêmio, eleições democráticas para diretor, construção de creches, incentivo a formação profissional? Falar de responsabilidade social e pedagógica para com nossos alunos sem tocar nesses assuntos soa como uma piada de muito mal gosto. Querem colocar na desorganização do calendário e, portanto, na greve a culpa por todos os males que afligem o ensino público. Parece que Ivo Gomes e Roberto Cláudio são adeptos que o fracasso escolar é de responsabilidade dos professores.
Não podemos perder o rumo da nossa campanha salarial
- Nenhuma confiança no governo de Roberto Cláudio!
- Queremos o que nos é de direito tomado pelos governos: 27% de reajuste e 1/3 para planejamento!
- Contra a proposta de Ivo de Gomes de fechar um acordo salarial para os próximos 4 anos.
- Nenhum direito a menos: Contra o calendário da SME. Garantia da licença-prêmio e a redução de carga horária!
- Eleições diretas e democráticas para diretor(a)!
- Transformação da UTE em sindicato municipal decidida pelos professores. Assembleia já!!!!
Convocamos todos para reunião da CSP CONLUTAS PELA BASE NA EDUCAÇÃO – Venha lutar conosco:
Local: SINTRO – Av. Tristão Gonçalves, 1380 – Centro.
Data: 23/02/2013 – 15:00 horas
Informações: Francisca: 86032926 / Felix: 88003795
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