segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Seminário lança Campanha dos “10% do PIB para Educação Pública Já” na Bahia


No último sábado, 20 de agosto, ocorreu o Seminário de Lançamento Estadual da Campanha “10% do PIB para Educação Pública Já”. O evento foi convocado pela ADUNEB, ANDES-SN, CSP-CONLUTAS, ANEL, SINASEFE, Intersindical e contou com a presença de estudantes e professores da UNEB e UFBA, bem como de estudantes e dos servidores em greve do IFBA, metalúrgicos da FORD, membros da oposição à APLB e servidores de Esplanada e Alagoinhas. A atividade fez parte da Jornada Nacional de Lutas que acontece, entre os dias 17 e 26 de agosto, em todo o país.

A mesa de conjuntura abriu o seminário com a palestra de Luiz Carlos Prates, o Mancha, metalúrgico de São José dos Campos e membro da executiva da CSP/Conlutas, e Hamilton Assis, da Intersindical. Os palestrantes abordaram o cenário de crise econômica mundial e a resistência dos trabalhadores na Europa e no mundo árabe contra os planos de austeridade dos governos. Destacaram, ainda, o período de estabilidade econômica no Brasil que, no entanto, não tem significado melhorias concretas na vida dos trabalhadores, mas sim mais lucros para as empresas. Para Mancha, essa é a hora da classe trabalhadora exigir a sua parte do crescimento do país e lutar contra os recentes ataques do Governo Dilma. “A jornada de lutas unificada será um importante momento para exigirmos o que é nosso”, afirmou o representante da CSP/Conlutas.

Logo após a mesa de conjuntura, iniciou o debate sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) e a apresentação da campanha dos “10% do PIB para Educação Pública Já”. Amanda Gurgel, professora do Rio Grande do Norte, e Hélvio Mariano, diretor do ANDES-SN, compuseram a mesa e abordaram a luta contra o PNE do Governo Dilma e o andamento da campanha em todo o país. Segundo os palestrantes, a educação não pode esperar até 2020 para receber os 10% do PIB, como define o PNE do Governo. “Existe recurso hoje para isso! A aplicação de 10% do PIB deve ser imediata! O governo precisa apenas decidir se prefere financiar os banqueiros e as empresas ou a Educação”, afirmou o diretor do ANDES-SN. Amanda Gurgel destacou que o Seminário foi um importante começo para a campanha na Bahia. “Agora é levar a campanha para as escolas, locais de trabalho, universidades e, em novembro, realizar o plebiscito sobre o tema com o apoio da população brasileira”, declarou Amanda.

Por Raíza Rocha
Do sítio da CSP-Conlutas

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