Boletim Informativo dos professores do Município
Duas semanas de GREVE
A GREVE dos professores do município vem tendo boa adesão na base da categoria num movimento crescente. Motivados pelo risco da perda de direitos históricos e pela votação favorável à Lei do Piso no STF, os professores vêm desenvolvendo uma grande mobilização nas escolas das diversas regionais. Destaca-se também o papel de muitos professores, que mesmo sofrendo pressão dos diretores não têm recuado e nem cedido ao assédio moral. Por outro lado, a prefeita Luizianne (PT) revela seu total descaso pela educação pública ao não negociar imediatamente com a categoria. Adiou várias audiências e prefere não tratar dos direitos negados e nem da Lei do Piso (Salário e 1/3 de planejamento). Está tentando nos cansar.
Nenhum direito a menos!
Essa GREVE também tem como ponto central de reivindicação a manutenção de direitos que a gestão Luizianne quer retirar. Um deles é a licença-prêmio concebida a cada 5 anos, são inúmeros os casos de professores que estão sendo impedidos de tirar suas licenças. Outro ponto é o planejamento que hoje nas escolas do município é inexistente. A redução da carga horária, por idade ou tempo de serviço, também vem sendo negada. E apesar de termos direito a 30 dias de férias após cada semestre letivo isto não vem sendo respeitado. Também consideramos urgente o pagamento dos anuênios atrasados e o fim das distorções do PCCS.
Pelo cumprimento imediato da Lei do Piso!
Tivemos uma vitória parcial ao derrotamos a ADI movida por 5 governadores, incluindo Cid Gomes (PSB). Porém, somente através de nossa luta organizada poderemos fazer cumprir o Piso. Devemos manter e fortalecer a mobilização ainda mais para garantirmos 1/3 para planejar e o salário previsto. Consideramos ainda que um PISO ideal deveria ter como vencimento base o salário mínimo proposto pelo DIEESE, de R$ 2.194. Assim, como defendemos que o tempo ideal de planejamento deveria ser como nas universidades em algumas capitais, de 50% da carga horária. Mas, mesmo com uma Lei do Piso rebaixada, Cid e Luizianne demonstram seu total desprezo pela educação pública, ao não aplicarem imediatamente a Lei. Portanto, nós professores devemos implantar o piso através das lutas, exigindo o cumprimento imediato da lei do piso e partindo mais a frente para a conquista do piso do DIEESE e de 50% de tempo para planejamento.
Luizianne e Cid estão juntos. Precisamos unificar Estado e Município
Está marcada uma paralisação nacional em defesa da educação no dia 11 de maio. No município, estamos indo para terceira semana de GREVE devido a recusa da prefeita Luizianne em assegurar direitos (redução de carga horária, licença prêmio e férias) e pelo não cumprimento da lei do piso. É nossa tarefa construir a unificação da luta dos professores de estado município.
Exigências a direção majoritária do SINDIUTE
Os professores têm demonstrado uma imensa disposição de construir a GREVE, contudo a direção majoritária do Sindiute continua pecando no que se refere a sua tarefa de mobilizar a categoria e dialogar com a população de Fortaleza sobre a greve. Portanto exigimos dessa direção:
- Divulgar uma nota na imprensa sobre a GREVE da categoria.
- Mobilizar constantemente na base. Parar 100% das escolas já!
- Zonais unificados (Município e Estado)!
- Chamada do Sindiute para assembleia unificada no dia 17 de maio.
Venha construir a CSP-CONLUTAS!
Defendemos a mais ampla unidade na luta dos professores. Porém, também consideramos que o atrelamento das centrais sindicais aos governos prejudica muitíssimo a luta. Nós que compomos o coletivo CSP-Conlutas pela base na Educação acreditamos num modelo de organização pautada pela organização de base, democrática, verdadeiramente de luta e independente em relação aos governos e patrões. Hoje somos direção minoritária no Sindiute, e estamos na luta construindo em conjunto com os professores, venha se reunir conosco. Venha construir a luta dos professores e a CSP-Conlutas!
Nossa próxima reunião: 14 de maio (sábado), às 15h no Sindicato dos Rodoviários (SINTRO) – Av. Tristão Gonçalves, 1380 – Centro (em frente ao Hospital SOS); Contato: 3206 6650 / Félix: 88003795.
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