terça-feira, 10 de março de 2015

DIREÇÃO MAJORITÁRIA CRIA SINDICATO CARTORIAL, CSP-CONLUTAS FICA FORA DA NOVA DIREÇÃO



Nós da CSP-Conlutas, pretendemos informar da existência de um novo sindicato, o SINDICATO-UTE,de professores municipais,fundado pela direção majoritária do ANTIGO Sindicato dos Trabalhadores do Ceará – SINDIUTE/CE. A ausência de democracia marca a concretização desse novo sindicato, o qual se define pela alteração do antigo estatuto, suprimindo o critério de proporcionalidade nas eleições, rompe-se com a proporção estabelecida na última eleição a respeito das liberações, renega qualquer debate com a categoria a respeito do modelo, finalidade e formas de controle a respeito da nova entidade sindical. Esse método implantado pela DIREÇÃO MAJORITÁRIA caracteriza um golpe na categoria uma vez que a forma da sua entidade sindical foi completamente alterada a revelia da categoria. 

A direção majoritária do antigo Sindiute tratou de FUNDAR/CRIAR o NOVO Sindicato Municipal de Fortaleza, SINDICATO-UTE. Este Novo Sindicato foi criado numa assembleia para qual a categoria não foi convocada. Nem mesmos os demais membros da direção tomaram conhecimento desta assembleia, em especial os da direção minoritária. 

A força do SINDIUTE é demonstrada por sua assembleia de fundação, presenciada por mais de dez mil professores, bem diferente da assembleia que criou o novo sindicato cartorial, presenciada por dezesseis professores. 

E com esse gesto de acabar com a oposição política por decreto, acaba com a democracia sindical, e enfraquecea organização dos professores, se impondo como única direção no sindicato, passando por cima da decisão da última eleição. Portanto, nós da CSP-CONLUTAS estamos fora dessa direção, porque não concordamos com um sindicato criado sem a participação da categoria e desrespeito com a decisão dos professores, que elegeram sua direção em um processo democrático. 

Por fim, esse ato da direção majoritária demonstra que não pretende retomar a história de luta do SINDIUTE com ampla participação da base em suas decisões, que teve lutas históricas. Para tanto, esse grupo que há vários anos está à frente do sindicato, realizou uma assembleia com dezesseis professores, para criar uma entidade sindical para perpetuar-se sob sua direção. 

Nesse processo repudiamos esse método antidemocrático e burocrático. Porém, reafirmamos a importância do sindicato enquanto forma organizativa dos trabalhadores e nosso compromisso com a luta da categoria. Vamos permanecer na linha de frente na defesa dos direitos dos professores. Apesar da crítica ao processo de fundação desse novo sindicato, queremos fazer um chamado aos professores a se filiar a essa entidade. Fortalecer esse instrumento e construir conosco a oposição sindical. Participar do congresso da categoria e das eleições. 

Em pouquíssimo tempo o discurso de “pátria educadora” do Governo caiu por terra. Os cortes no orçamento que o digam. Dilma e seu novo ministro da educação, Cid Gomes - reconhecido pela truculência e por ser um dos cinco governadores a entrar na justiça contra a lei do piso - prepararam diversos ataques contra a educação pública. Por isso nossa principal arma segue sendo a organização e luta da categoria. Vale lembrar também que o prefeito Roberto Claudio segue a cartilha dos Ferreira Gomes, de massacre aos professores. Reconhecer nossos inimigos é um primeiro passo para travarmos batalhas vitoriosas.

Coletivo CSP-Conlutas pela base na Educação

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