Quando Dilma, Cid Gomes e Roberto Cláudio passavam
a imagem que tudo ia bem explodiu uma onda manifestações populares durante a
Copa das Confederações. As reivindicações iam desde a redução das passagens e
melhoria do transporte público, o questionamento dos gastos com a copa e
exigência de hospitais e escolas “Padrão FIFA”.
Em junho, milhões foram às ruas. Uma geração de
jovens trabalhadores esteve à frente das maiores mobilizações dede o Fora
Collor. A eles somaram-se vários segmentos da classe trabalhadora, que no dia
11 de julho, realizaram um ensaio de greve geral.
Em menos de um mês, vimos a derrubada da PEC 37, a
redução de tarifas dos transportes públicos em vários municípios, o senado
apresentar um projeto de passe livre estudantil, a corrupção transformar-se em
crime hediondo e o governo Dilma propor um arremedo de plebiscito sobre a
reforma política.
É preciso unificar as lutas para arrancar
conquistas
Após quase dois meses, seguem as mobilizações.
Estudantes ocupam câmaras municipais exigindo o passe livre estudantil. O
movimento de moradia não aceita mais despejos em nome da Copa do Mundo e quer
moradia de qualidade. Profissionais da saúde exigem investimentos no setor e
várias categorias começaram a mobilizar-se, preparando fortes campanhas
salariais neste segundo semestre.
As lutas precisam ser unificadas. Governos, empresários
e banqueiros têm que entender na prática que as mobilizações vão seguir
enquanto a pauta das ruas não for atendida. Daí a importância do dia 30 de
Agosto. Cada local de trabalho, estudo e moradia precisa fazer-se presente
nesta data. Um dia nacional de luta vitorioso pode colocar num outro patamar a
possibilidade das reivindicações populares serem atendidas. Caso os governos
continuem virando as costas para as demandas sociais, devemos criar as
condições para realizar uma grande greve geral neste país.
Dilma, a escola pública não pode esperar: 10% do PIB da educação pública
já!
Os trabalhadores em educação encontraram nas ruas,
em especial na juventude, um novo aliado. Em vários cantos do país, assembleias
populares votaram pelos 10% do PIB para educação pública já!
Isso é muito importante, porque o governo Dilma,
além de seguir dando dinheiro público para escolas e faculdades privadas, está
às vésperas de aprovar um novo Plano Nacional de Educação que joga os 10% do
PIB para educação apenas para 2023. Dilma segue atendendo os interesses de
banqueiros e empresários e vendendo a falsa ideia que os royalties do pré-sal
resolveriam o problema do financiamento da educação.
Os trabalhadores em educação são milhões em todo
país, uma poderosa força social que, se unida aos demais trabalhadores num
movimento de massas, pode conquistar grandes vitórias, inclusive os 10% do PIB
para educação pública já!
Cid e RC: repassem o reajuste de 16% do custo aluno para os
trabalhadores em Educação já!
O custo aluno da rede pública teve um reajuste em
nível nacional de 16% em 2012. Enquanto isso, o reajuste salarial dos
professores das redes estaduais e municipais ficou em apenas 7,9%. É preciso
exigir de Cid e RC o repasse integral do reajuste do custo aluno de 2012 de 16%
para o vencimento básico dos trabalhadores em Educação já!
Roberto Cláudio fora da lei: 1/3 de planejamento para todos já!
Precisamos exigir de todas as redes estaduais e
municipais que ainda não cumprem a lei do piso, a aplicação imediata de 1/3 da
jornada para atividades fora da sala rumo aos 50% de hora-atividade. É
inadmissível que Roberto Cláudio não tenha ainda garantido o cumprimento da lei
para todos os professores! A categoria precisa levantar a cabeça e exigir a
aplicação imediata de um direito já garantido legalmente.
Contra a precarização e terceirização de Cid e RC:
Concurso público que supra todas as carências das escolas!
É inadmissível que Cid Gomes chame um concurso para
3 mil vagas no Estado, quando existem mais de 12 mil temporários na rede! Assim
como, diante do caos da falta de profissionais de apoio, Roberto Cláudio
descarregue sobre as costas destes profission
ais o cumprimento de várias funções nas escolas do
Município.
Para suprir a falta de professores e profissionais
de diversas áreas e pela estabilidade no emprego, precisamos levantar as
bandeiras de fim da precarização e da terceirização e pelo concurso público que
preencha todas as carências.
Por democracia nas escolas!
Não podemos deixar de denunciar a completa falta de
democracia nas escolas estaduais e municipais. Cid e RC com base no discurso da
competência e da meritocracia realizaram concursos para diretores de escola
que, no final nas contas, só serviram para mascarar o impedimento da eleição
dos cargos de direção pela comunidade. Queremos eleições diretas para diretor,
o fim dos mandos e desmandos das secretarias de educação e do assédio moral.
Apeoc e Sindiute devem convocar o dia 30 na prática
Os sindicatos da categoria precisam adotar uma
postura firme em relação aos governos de plantão. É preciso denunciar a
política educacional de Dilma, Cid e RC, ir às escolas e mobilizar pela base.
Não basta convocar formalmente o dia 30 de agosto.
O dia nacional de manifestações e paralisações deve ser convocado pela Apeoc e
o Sindiute não apenas em palavras, mas em atos.
Os professores da CSP-Conlutas exigem da Apeoc e do
Sindiute que se coloquem na vanguarda da construção do dia 30 de agosto e
exijam dos governos Dilma, Cid e RC o atendimento imediato de nossa pauta de
reivindicações.
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