domingo, 30 de dezembro de 2012

Agora, um merecido descanso para preparar 2013

O ano de 2012 está chegando ao fim. Foi um ano de lutas. Muitas lutas.

Neste ano, o governo federal teimou em afirmar que a crise econômica não chegou ao Brasil, mas governou com políticas que penalizaram os trabalhadores. Isto, para beneficiar empresas multinacionais que estão pagando a conta da crise lá fora, além de garantir os altíssimos lucros dos banqueiros e empresas nacionais, como as empreiteiras, por exemplo.

O governo Dilma aplicou políticas neoliberais na tentativa de reduzir direitos, dos trabalhadores brasileiros. Essas iniciativas permitiram demissões em massa, avançaram na privatização de setores como saúde e educação. Pior ainda, criminalizou-se as lutas e os que lutam por seus direitos como se fossem bandidos.

A criminalização dos movimentos foi uma política aplicada com afinco neste ano. Tudo isso para obrigar o recuo das ações dos trabalhadores. Mesmo assim, as mobilizações ocorreram, ainda que tenham custado retaliações, demissões, prisões e, em alguns casos, até mortes.

Defesa dos direitos – Começaremos 2013 com a luta em defesa dos direitos trabalhistas. Isto porque o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC apresentou ao governo e ao presidente da Câmara dos Deputados o Acordo Coletivo Especial, que propõe flexibilizar as leis trabalhistas. Além disso, encerramos 2012 exigindo o fim do fator previdenciário e a não aprovação da fórmula 85/95, pois ambas prejudicam a aposentadoria dos trabalhadores. Para isso, uma nova manifestação está marcada para dia 17 de abril, em Brasília.

Lutas sindicais – A greve de três meses dos servidores públicos federais; as incansáveis batalhas dos trabalhadores do setor de construção contra a superexploração e por melhores salários e condições de trabalho; as campanhas salariais de metalúrgicos, bancários, petroleiros, servidores estaduais e municipais, trabalhadores dos Correios e gráficos. Mas não foram somente lutas salariais, brigou-se pela saúde e educação públicas de qualidade e pelos serviços públicos de qualidade.

Mobilizações populares – Os que lutam por terra e moradia urbana foram os que sofreram maior violência. A desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos SP), com o aval do governo Alckmin/PSDB, foi uma das mais violentas, ainda assim contou com tamanha resistência e solidariedade que a tornaram um marco no movimento popular. Mas, lutas populares extrapolaram as cercas das diferenças e bradaram nas periferias das grandes cidades, na defesa da terra, da moradia e contra os despejos advindos das obras da Copa e Olimpíada.

Não as opressões – As lutas contra opressões levantaram bandeiras em defesa dos negros e negras, dos quilombolas, dos moradores das periferias, dos indígenas. O movimento LGBT teve como desafio enfrentar e denunciar a violência promovida pelo preconceito e discriminação. Assim, como as mulheres continuaram as campanhas por igualdade de direitos.

Internacional – Em 2012, a CSP-Conlutas também avançou em sua política internacionalista. Não foi simplesmente pela presença expressiva de representações de entidades de luta de 20 países no 1º Congresso da Central. Essa visita implicou na intensificação das iniciativas de solidariedade nas lutas que ocorrem pelo mundo. Também permitiu entendermos e nos unirmos mais com os trabalhadores que lutam em outros países. Em 2013 avançaremos mais um passo com a realização do Encontro Internacional de Entidades Alternativas, em Paris, França, nos dias 22, 23 e 24 de março.

Organização – O 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas foi um marco para avançar na organização e consolidação de uma central sindical e popular. Esta política se expressou na presença de categorias organizadas de trabalhadores, desde operários de Belo Monte, do Comperj e Suape aos seringueiros do Acre.

Em 2013, queremos novos avanços na consolidação da CSP-Conlutas, na construção de uma alternativa às centrais governistas e às políticas antitrabalhador aplicadas pelo governo.

A CSP-Conlutas, novamente, estará nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, nas lutas por moradia, terra e contra as opressões. De braços erguidos!

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