quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A educação pública merece respeito!


Assim se constrói uma nação: 10% do PIB já para a educação

Não dá mais para aguentar. O descaso dos governantes com a educação pública chegou ao limite. Péssimos salários para os que nela trabalham. Jornadas estafantes. Salas de aula superlotadas. Escolas detonadas. Infraestrutura destruída. Falta de universidades estatais e as poucas que existem sucateadas. Falta de professores e funcionários. Enfim um desastre total. Quem perde com isso, além dos trabalhadores em educação, são os estudantes e principalmente a população trabalhadora que tem seus filhos na escola pública.A causa disso é fácil de ver e bastante palpável. O investimento em educação do governo federal e dos governos estaduais e municipais são irrisórios, minúsculos para a necessidade do país. De acordo com a UNESCO, foi destinado apenas 4% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil na Educação. Enquanto isso para o pagamento da “dívida pública”, nome pomposo para o que o Brasil paga aos “coitadinhos” dos banqueiros nacionais e internacionais, são destinados 23.4% do PIB, segundo o próprio Tesouro Nacional. Mesmo que o governo invista agora os 10% do PIB na educação, estará bem abaixo do que ele já destina aos banqueiros.

Banqueiros recebem mais que educação - A consequência disso se reflete nos orçamentos do governo federal e dos governos estaduais e municipais. Praticamente metade do orçamento da união (49%) está destinado à “dívida pública”, apelido carinhoso que o governo e a mídia dão para os agiotas nacionais e internacionais. Já a educação recebeu a “estrondosa” parte de 2,96%. Traduzido em dinheiro, R$ 954 bilhões foram para os banqueiros e R$ 56 bilhões foram para a educação. A maioria dos estados e municípios não destina o mínimo do orçamento definido pela constituição para a educação. O argumento esfarrapado é que falta dinheiro. O que falta é vergonha na cara e prioridade. O Brasil, 7ª economia do mundo, está em 93º lugar no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) na área da educação. É um dos países com os piores investimentos: o custo médio por aluno é de 960 dólares por ano. Botswana, país pobre da África, investe 2.203 dólares por aluno. (veja quadro). 

PNE - Está no Congresso Nacional o PNE (Plano Nacional de Educação). Ele define as metas do país no setor para os próximos dez anos. O prazo previsto para a votação dos deputados é novembro. O governo Dilma está propondo aplicação de 7% do PIB em...(acreditem)... 2020. Este índice já era previsto pelo PNE atual para 2010, mas não foi cumprido. Assim como não foram cumpridas as metas do plano daquele período (veja quadro). Além disso, parte considerável das já pequenas verbas destinadas à educação é repassada para o setor privado, engordando seus lucros. Por isso é fundamental a união de todos na campanha pela aplicação dos 10% do PIB do país na educação já. Isso significaria aplicar R$ 367 bilhões na escola pública e nada desse dinheiro para os tubarões do ensino privado. Vamos unir os homens e as mulheres que trabalham na educação, os e as estudantes, os pais, enfim, toda a classe trabalhadora que precisa de uma educação pública de qualidade. Do norte ao sul, do leste ao oeste do país, uma voz só deve ser ouvida, vamos buscar o que é do povo: 10% do PIB já para a educação pública!

























Extrato do Jornal Especial Educação da CSP-Conlutas

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