Foto: Franklin Costa |
Já se somam mais de 40 dias de greve dos professores do estado, e o que parecia impossível se mostrou realizável. Os professores semana após semana vêm construindo uma das maiores luta que essa categoria já viu.
Quando a greve se iniciou, lutávamos contra as mudanças em nosso plano de cargos em carreira que o Governo Cid Gomes pretendia fazer através do que ficou conhecido como “tabela maldita”. Do mesmo modo lutamos para que fosse aplicada a Lei do Piso Nacional, e que essa repercutisse na atual carreira e que fosse também aplicado o 1/3 de planejamento.
A luta da categoria conseguiu derrotar a tabela maldita, e arrancou nas ruas uma negociação com o governo Cid. Agora o governo contra-ataca, mandando ainda essa semana uma mensagem à assembleia legislativa que divide a categoria em professores de nível médio e graduados, tal qual a fez a Prefeita Luizianne Lins no município. Caso essa mensagem passe, a conquista da lei do piso torna-se letra morta, pois o governo não terá mais a obrigação de corrigir o salário dos professores pela lei do piso para todos os professores. Além disso, na última reunião o governo recuou em vários dos acenos dados anteriormente como a questão de alocação de recursos de outras áreas e aplicação imediata do 1/3, mostrando assim, que não é possível ter nenhuma confiança nesse governo.
Nessa luta, os professores estão dando amostra de garra, criatividade e compromisso com a educação pública de qualidade. Entretanto, infelizmente a direção do nosso sindicato, APEOC, em vez de servir para impulsionar essa luta, tem sistematicamente jogado contra a greve. Alegam não ter recursos para manter a greve, mas, no entanto se recusam a prestar contas para categoria. Além disso, usam o aparato do sindicato, como o site por exemplo, para expor posições contrárias a greve, e desqualificar os setores de oposição, tentando jogar desconfiança e dividindo a categoria. Achamos que a postura da direção da APEOC precisa ser revista, pois o que a categoria precisa agora, nesse momento de luta é que seu sindicato esteja do seu lado não do lado do governo Cid. Exigimos que a APEOC e que a CUT, central sindical a qual nosso sindicato é filiado, use de todo seu aparato financeiro e político para o fortalecimento da greve.
Na assembleia do dia 23 de setembro, foi decidido pela continuidade da greve mesmo com as ameaças feitas pelo governador Cid Gomes. A categoria está disposta a dar uma resposta aos ataques promovidos pelo governo à educação pública. A CSP-Conlutas Pela Base na Educação está junto com a categoria, no desafio de enfrentar o Governo Cid.
- Piso aplicado na atual carreira!
- Não à divisão da carreira!
- Nenhuma mudança no PCCS que signifique perca de direitos!
- 1/3 para planejamento já! Rumo à 1/2!
CSP-Conlutas pela base na Educação
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