terça-feira, 3 de maio de 2011

Informe sobre a greve dos professores do município

A assembleia de ontem (02/05) se mostrou bastante representativa, com uma presença aproximada de 2000 professores e professoras do município.

Os informes da direção majoritária vinculada a CUT tentam expressar um avanço gradativo das negociações, e ainda afirmam que a importância da mobilização da categoria em greve é um elemento facilitador do diálogo com gestão petista. Discurso esse que ao mesmo tempo em que centra a mobilização de greve no cumprimento do piso, em seus quatro pilares: carga horária de 40 horas, data base da categoria para 1° de janeiro, 1/3 de carga horária de planejamento, e o valor salarial, que nesse ano passa para R$ 1.597,87 no nível médio.

Pontos nos quais a direção majoritária afirma que a gestão municipal – ambos são membros do mesmo partido – já avançou nos dois primeiros, ou seja, carga horária de 40 horas e data base, e que continuam conversando sobre os principais pontos. Tais iniciativas por parte dessa direção visam amenizar as críticas à gestão municipal, para tanto, basta observar as suas repetidas intervenções onde afirmam que em duas semanas de mobilizações já ocorreram duas audiências com a gestão das quais os resultados foram a efetivação das nomeações pendentes e a convocação de mais 600 professores aprovados no último concurso. 

O último e-mail disponibilizado pela direção majoritária, afirma que a gestão fará uma avaliação de seu orçamento como medida necessária para cumprimento do piso.

Portanto, o que podemos observar é que essa direção CUTista, apesar de nas assembleias apresentar uma retórica supostamente enfurecida contra a gestão, na qual muitas vezes as críticas são propositalmente desviadas da prefeita para a sua secretária de educação, ou então de seu partido para a atual prefeita, na verdade tem como objetivo impedir o fortalecimento da luta da categoria e amenizar as críticas ao PT, partido a qual ambas pertencem: gestão municipal e direção majoritária do Sindiute.

Realizando assim, todos os movimentos para transformar a mobilização da categoria em puro poder de reivindicação parlamentar, onde a ação direta dos trabalhadores é substituída pela ação do parlamento como espaço prioritário de negociação. Nessa perspectiva a mobilização dos trabalhadores é meio para construção e legitimação do parlamento, ao invés de o parlamento ser espaço de legitimação das lutas dos trabalhadores, como defende as teses históricas do movimento dos trabalhadores. A confirmação dessa análise está na presença na mesa dessa última assembleia da deputada petista Raquel Marques, e do vereador do PSOL, João Alfredo.

Diante de todo esse movimento, comumente arquitetado por essa direção, nós da CSP-Conlutas pela base na educação, que construímos uma oposição cerrada às direções governistas e dirigimos as mais importantes lutas dos trabalhadores em nossa cidade nos últimos anos, como a recente greve vitoriosa da construção civil no ano de 2011 e a dos trabalhadores rodoviários no ano passado, seguimos afirmando que nossa greve deve conseguir a imediata efetivação de nossos direitos, os quais ainda existem em nosso estatuto do magistério, e que a prefeita petista pretende cassá-los a partir de posturas arbitrárias e ilegais, como: o direito a licença prêmio, a redução de carga horária, e agora pela imediata implantação da lei do piso.

Diferente da direção majoritária, que coloca a mobilização dos trabalhadores como um simples catalisador das negociações, nós da CSP-Conlutas pela base na educaçãoconsideramos que apenas uma forte mobilização da categoria pode garantir a imediata implantação do piso, pois essa não se concretizará em ações no parlamento ou conversas de gabinetes, mas através da luta dos trabalhadores organizados, onde cada escola se torne uma célula dessa organização. Somente com essa convicção de que a organização serve a luta dos trabalhadores, a qual nunca se cessa, poderemos partir para a luta do piso que realmente possa nos garantir as condições básicas para a nossa existência, como prever a constituição de 1988, e que é calculado pelo DIEESE pelo valor de R$ 2.194. Assim como, exigirmos o tempo de planejamento de 50%, como já acontece nas universidades e alguns estados e municípios.

Assim devemos, continuar na mobilização de todas as escolas, para que estas venham aderir a greve, devemos continuar na luta chegando a 100% de escolas paradas e só retornaremos quando todos os nossos direitos forem garantidos.

NENHUM DIREITO A MENOS!!!!! 100% DE ADESÃO A GREVE!!!

PELA GARANTIA DA LICENÇA PRÊMIO E REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA!!!

30 DIAS DE FÉRIAS POR SEMESTRE!!!

PELA IMEDIATA IMPLANTAÇÃO DO PISO!!!

E RUMO AO PISO DO DIEESE!!!

Prof. José,
CSP-Conlutas pela base na Educação

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