terça-feira, 8 de março de 2011

Segue texto extraído da convocatória nacional disponibilizada para a rede via e-mail. Abaixo segue também a programação nos estados.

Somos todas mulheres em luta: Contra o Machismo e a Exploração! Em defesa da Mulher Trabalhadora

Em 1910, a socialista alemã Clara Zetkin propôs na 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação do Dia Internacional da Mulher, em homenagem às 129 operárias da fábrica Cotton (EUA) assassinadas por reivindicar direitos, em 1857. A data ganhou importância em todo o mundo principalmente após o dia 8 de março de 1917, quando as trabalhadoras russas saíram às ruas e precipitaram as ações da revolução socilaista.

No mês de março, nós mulheres trabalhadoras estamos nas ruas, nas escolas, nas fábricas lutando contra o machismo e a exploração capitalista que atinge de forma mais cruel as mulheres trabalhadoras.

Nossa luta é todo dia. Em 2011, pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher assumiu a presidência do país. Junto com ela, o maior número de ministras mulheres. Isso não é um fato menor no maior país católico do mundo, onde a cada duas horas a violência machista mata uma mulher.

Um país em que elas são a maioria da população, estudam em média mais que os homens, mas ainda ocupam as profissões menos remuneradas e chegam a ganhar até 30% menos para fazer o mesmo trabalho.

Ao assumir o governo, Dilma garantiu aos seus pares um aumento significativo nos salários (62%), inclusive ao dela (132%). Enquanto isso, o salário mínimo teve aumento de apenas R$ 35. Um ataque direto às mulheres, que dentre os que recebem o mínimo representam 53%.

É preciso que sigamos, enquanto mulheres e trabalhadoras, reafirmando a necessidade de que nossas bandeiras feministas históricas seguem sendo nosso combustível para organização e luta das mulheres. Este novo governo nada de novo representa para as mulheres trabalhadoras. Já na campanha eleitoral representou um retrocesso em relação a uma reivindicação histórica das mulheres que é a legalização do aborto. Nossa luta pela libertação das mulheres segue e só poderá ser vitoriosa com o fim desse sistema de opressão e exploração em que vivemos. Não basta ser mulher para fazer avançar os direitos das trabalhadoras, é preciso ser classista e feminista.

Por isso, nossa luta precisa seguir e se fortalecer, nesse dia internacional das mulheres e em todos os dias de nossas vidas.

Construiremos atos unitários por todo país, em base a um programa antigovernista, que exija o reajuste imediato do salário mínimo para as mulheres e homens da classe trabalhadora, igual ao dos deputados, o direito às creches e licença maternidade ampliada, que exija a legalização do aborto já e o fim da violência.

• Aumento de 62% do salário mínimo, o mesmo dos deputados!Pelo piso do Dieese;

• Anticoncepcionais para não abortar. Aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!

• Direito à maternidade: a) licença-maternidade de 6 meses para todas as trabalhadoras e estudantes, rumo a 1 ano; b) creche gratuitas e em período integral para todos os filhos da classe trabalhadora;

• Pelo fim da violência contra a mulher! Aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha!
Construção de Casas-abrigo! Punição aos agressores!

• Pelo fim da ocupação militar no Haiti. Fora as tropas brasileiras!

• Solidariedade e apoio às revoluções árabes.

Segue a programação de alguns estados que foi encaminhada pelas regionais. Envie a sua!

Brasília

No dia 8 de março - Será no bloco do Pacotão, que sai às ruas todos os anos com um tema político. Esse ano o tema será a revolução árabe. As mulheres da CSP-CONLUTAS estarão presentes.


Rio de Janeiro

- Dia 8 de março (terça de carnaval): participaremos do bloco ”Maria vem com as outras”.

- Dia 17 de março: panfletagem na central do Brasil, às 16h.

- Dia 22 de março: Pré-lançamento do Fórum estadual de luta contra a violência à mulher.

São Paulo

Dia 12 de março - Ato com concentração às 9h, em frente à Igreja da Consolação, altura do n° 605 - Centro São Paulo.

Pará

Dia 12 de março - Palestra: "8 de março: Contra o machismo e a exploração; em defesa da mulher trabalhadora"

Local: Acampamento do MTST/ Estrada do Outeiro.

Horário: 9h

Piauí

No dia 1 de março - Ato em frente ao IPMT (protesto sobre a retirada
da licença-maternidade na contagem para aposentadoria pela Prefeitura de
Teresina)

Horário: 7h

Debate: contra o machismo e a violência à mulher trabalhadora!

Horário: 18h

Dia 5 de Março - Participação no Bloco Sanatório Geral com uma coluna

Maranhão

Dia 4 de março (sexta-feira) - Ato de Lançamento e Festa do Bloco na Sede Recreativa do Sindicato dos Bancários - Turu São Luís-MA, a partir das 19 horas, com animação da cantora Tássia Campos e Banda.

Dia 8 de março (terça-feira) - Desfile na Passarela do Samba. Fantasiadas e fantasiados com abadás, bandeiras, faixas e estandarte denunciando a violência contra a Mulher e a situação da Mulher Trabalhadora, solidariedade às Mulheres Haitianas e do Oriente Médio. 


Minas Gerais

Dia 11 de março - Ato unitário em comemoração ao Mês da Mulher, onde a pauta será: combate à violência contra as mulheres e luta pelo direito à moradia.

Dia 12 de março – Esta data será dedicada a formação de mulheres trabalhadoras da saúde. Haverá debate como a crise econômica afeta principalmente as mulheres no País e no mundo, bem como a necessidade de organização e resistência contra as retiradas de direitos e a mulher negra. Estarão presentes palestrantes do ILAESE, MML e QUILOMBO RAÇA E CLASSE, podendo haver ainda um espetáculo teatral especial de comemoração ao Dia da Mulher.

Fonte: Sítio da CSP-CONLUTAS

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