segunda-feira, 13 de junho de 2011

Trabalhadores em Educação de Minas Gerais iniciam greve por tempo indeterminado


Em assembléia estadual realizada na tarde de ontem na ALMG, os trabalhadores em educação de Minas Gerais reafirmaram a decisão de entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira, 8 de Junho.

A assembléia contou com a presença de cerca de 2 mil educadores de todas as regiões do estado, que fizeram uma grande passeata pelo centro da cidade e realizaram ato unificado com os policiais civis e militares que também estão em luta por melhores salários.

A principal reivindicação dos trabalhadores é a aplicação do Piso Salarial de R$ 1597 para jornada de 24h. Além do Piso, a categoria quer a reconstrução de um plano de carreira, destruído pelos sucessivos governos do PSDB e o investimento de 10% do PIB na educação.

Ao invés de implementar o Piso reivindicado pela categoria, o Governador Anastasia impôs a lei do subsídio, uma remuneração que destrói ainda mais a carreira docente, pois acaba com todas as vantagens conquistadas historicamente pela categoria. Por isso uma das exigências dos grevistas é a revogação desta lei.

Para Gustavo Olímpio, do Movimento Educação em Luta, a greve tem tudo para conquistar as principais reivindicações dos trabalhadores: “Sabemos que o governo Anastasia tem dinheiro em caixa e pode atender a nossa reivindicação do Piso. Além disso, este é um momento propício para a greve, já que diversas categorias estão em luta em Minas e em todo o Brasil. O que o Sindicato precisa fazer de forma mais contundente é unificar estes movimentos e construir a greve desde a base”.

A CSP-Conlutas também marcou presença na assembléia de greve e na manifestação. “E uma greve importante para a nossa central, já que se trata da maior categoria do estado. Faremos todo o possível para prestar nosso apoio e solidariedade à greve, e buscaremos a unificação das lutas para garantir a vitória”, afirmou Giba Gomes, Coordenador Estadual da CSP-Conlutas

Foi aprovado ainda um calendário de lutas, que envolve construção local da greve em cada regional; audiências públicas na ALMG; nova assembléia e manifestação no dia 16/06, quinta-feira, data em que a CSP-Conlutas organiza um dia nacional de luta dos professores em todo o país.

CSP-Conlutas MG

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