quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CALENDÁRIO DE 2013: PROPOSTA DO GOVERNO VAI NA CONTRAMÃO DAS REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA

A luta dos professores da rede municipal pela defesa e manutenção de seus direitos e conquistas é histórica. Governo após governo temos nos enfrentado para garantir nossos direitos. 

A exemplo, na nossa luta e memorável greve pela implementação da lei do Piso, sofremos a derrota de perca dos 30% da regência. No entanto alcançamos algumas conquistas, tais como a implementação das 40h de jornada de trabalho e o 1/3 de planejamento, que o governo boicotou e cedeu pela pressão do movimento somente o 1/5. 

O governo atual já prepara mais um ataque à categoria. Propõe um calendário escolar com o retorno ao sábado letivo, retirada de parte das férias e 5º tempo para professores (as) do 1º e 2º ano. Anulando assim as conquistas anteriores alcançadas pela categoria. 

Disfarçadamente, o governo anula direito no que diz respeito à jornada de trabalho (40h) e coloca como opcional o trabalho renumerado aos sábados, compra de férias e acréscimo, também renumerada, da jornada dos 1º e 2º ano. Esse aumento da jornada prejudica, principalmente, a vida da mulher trabalhadora, majoritária em nossa categoria, já que, por muitas vezes, aumenta a já ampla carga de trabalho docente que somando-se aos trabalhos de cozinhar, lavar e passar – ou seja, o trabalho doméstico – que em regra recaem sobre as mulheres trabalhadoras. 

Considerando que tivemos 30% da nossa regência incorporada, sem uma real valorização profissional prevista na lei do piso, a categoria continua com salários rebaixados. Aproveitando-se da nossa condição salarial, o governo objetiva tratar o setor público à maneira do setor privado, propondo compra de férias, “hora-extra” e trabalho aos sábados. 

DIREÇÃO DO SINDICATO PRECISA SER FIRME 

Veladamente a direção majoritária do SINDIUTE acata a decisão do governo, quando sequer propõe que o sindicato adote uma oposição acerca do calendário na reunião de diretoria. Trata-se de um erro o sindicato assinar um Pacto de Responsabilidade Social e Pedagógica pelos estudantes da rede pública de Fortaleza. Não podemos dividir com o governo a culpa pela crise que passa a rede pública municipal. 

Por que nesse pacto não se propõe efetivação da lei do piso, 1/3 de planejamento para o próximo ano letivo, aumento de investimento na educação, redução da quantidade de alunos por sala, concurso público para professor, respeito aos direitos como a redução de carga horária e a licença-prêmio, eleições democráticas para diretor, construção de creches, incentivo a formação profissional? Falar de responsabilidade social e pedagógica para com nossos alunos sem tocar nesses assuntos soa como uma piada de muito mal gosto. Querem colocar na desorganização do calendário e, portanto, na greve a culpa por todos os males que afligem o ensino público. Parece que Ivo Gomes e Roberto Cláudio são adeptos que o fracasso escolar é de responsabilidade dos professores. 

Não podemos perder o rumo da nossa campanha salarial 

  • Nenhuma confiança no governo de Roberto Cláudio! 
  • Queremos o que nos é de direito tomado pelos governos: 27% de reajuste e 1/3 para planejamento! 
  • Contra a proposta de Ivo de Gomes de fechar um acordo salarial para os próximos 4 anos. 
  • Nenhum direito a menos: Contra o calendário da SME. Garantia da licença-prêmio e a redução de carga horária! 
  • Eleições diretas e democráticas para diretor(a)! 
  • Transformação da UTE em sindicato municipal decidida pelos professores. Assembleia já!!!! 

Convocamos todos para reunião da CSP CONLUTAS PELA BASE NA EDUCAÇÃO – Venha lutar conosco: 
Local: SINTRO – Av. Tristão Gonçalves, 1380 – Centro. 
Data: 23/02/2013 – 15:00 horas 
Informações: Francisca: 86032926 / Felix: 88003795

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

21/02: Ato no Paço Municipal, às 10h


Professores de Fortaleza rejeitam calendário

Os professores da rede municipal de Fortaleza reuniram-se ontem, 18 de fevereiro, em assembleia geral. A assembleia teve grande participação da categoria e rechaçou o novo calendário divulgado pela Secretaria de Educação, que inclui sábados, parte das férias de julho e feriados. 

Ademais, a categoria aprovou que o Sindiute retire seu nome do “Pacto pela Educação”, visto que o mesmo representa um retrocesso para categoria, pois flexibiliza direitos, como férias e jornada de trabalho. Os professores não se deixaram iludir pelo caráter opcional de alguns itens, já que isso tem como objetivo dividir e confundir a categoria. 

Reafirmou-se também o ato de quinta-feira (21/02), em frente ao Paço Municipal às 10h.