quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Professores em greve são violentamente reprimidos no Ceará

Greve já dura 56 dias e enfrenta a truculência do governo Cid Gomes (PSB)

Professor ferido após violência da polícia
Professores da rede pública estadual do Ceará, em greve há 56 dias, foram alvo de violenta repressão da Tropa de Choque na manhã desse dia 29 de setembro, em Fortaleza. Os professores estavam acampados na Assembleia Legislativa desde a noite do dia 28 e, quando os deputados colocaram em votação um projeto do governo Cid Gomes (PSB) que destrói a carreira dos docentes da rede pública, tentaram entrar no plenário. A direção da Assembleia chamou a polícia, que atacou de forma brutal os professores.

“A Tropa de Choque partiu para cima dos professores, jogaram spray de pimenta e bateram muito, os companheiros que estavam em greve de fome apanharam muito”, relatou ao Portal do PSTU Nivânia Menezes, do Comando de Greve e membro da CSP-Conlutas. Pelo menos três professores foram detidos e há vários feridos. Segundo a imprensa local, um professor teria sofrido traumatismo craniano e permanecia internado. Imagens de TV flagraram cenas chocantes da violência policial.

Ao final da repressão, os deputados aprovaram a mensagem do governador, com apenas quatro votos contrários. Mesmo assim, os professores continuaram mobilizados. Eles permanecem nesse momento ocupando a Assembleia e três professores ainda estão em greve de fome. Os grevistas pretendem passar novamente a noite no prédio e amanhã, às 8h, ocorre nova assembleia para definir os rumos do movimento. A luta agora é também pelo veto de Cid à destruição da carreira. O governo, porém, permanece intransigente e afirma que só negocia após o fim da greve.



A maior greve em anos

Os professores cearenses protagonizam uma das maiores greves dos últimos anos no estado. O movimento bate de frente com a intransigência e autoritarismo do governo Cid Gomes. Nas últimas assembleias da categoria, a direção do sindicato, ligada ao PT, defendia o retorno às aulas, mas foi atropelada pela base. Ao enviar a mensagem em caráter de urgência à Assembleia nesse dia 28, o governo Cid pode ter dado um tiro no pé, pois várias escolas que já estavam retornando pararam novamente. Agora, a repressão deixou os professores ainda mais indignados.

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Fonte: Sítio do PSTU

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Greve dos professores do estado: Nenhum direito a menos! Todo apoio a ocupação da Assembleia Legislativa!

Foto: Omar Jacob

Na manhã dessa quarta-feira dia 28 de setembro os professores do estado do Ceará foram surpreendidos com mais um ataque traiçoeiro do governo Cid Gomes. O Governador mandou para Assembleia Legislativa uma mensagem dividindo a carreira dos professores entre aqueles que só tem o ensino médio e os graduados. Dessa forma, o governo tenta burlar a lei do piso, deixando a grande maioria da categoria sem receber nenhum aumento. Além disso, essa divisão acaba com a carreira, desrespeitando os interstícios de 5% e destruindo direitos históricos dos professores. 

Felizmente, os professores responderam a altura esse ataque. O ato que estava marcado para o Palácio da Abolição foi mudado para a Assembleia Legislativa, e lá os professores lotaram as galerias e o hall de entrada, mostrando aos deputados que não estamos dispostos a deixar que eles desrespeitem a educação do estado. Uma comissão foi recebida pela Assembleia, entretanto, os deputados do PT, PCdoB, PSB e outros membros da base aliada do governo Cid, se mostraram intransigentes em reconhecer o direito dos professores, e mantiveram o regime de urgência na mensagem do governador, mostrando claramente de que lado estão. Agora, a mensagem pode ser aprovada a qualquer momento por essa Assembleia corrupta e vendida, com tem mostrado os recentes escândalos dos banheiros públicos. 

Contudo, o tiro do governo pode sair pela culatra. O golpe fez com que a categoria se inflamasse mais e decidisse por ocupar a Assembleia Legislativa para derrubar a mensagem do governo, tendo três professores inciado uma greve de fome. Diversas escolas que já haviam retornado as aulas voltaram a paralisar suas atividades e estão se somando a mobilização. Agora a luta não é só para que o governo cumpra a lei do piso na atual carreira, é também uma luta em defesa dos direitos históricos conquistados pela categoria. 

A CSP-Conlutas está junto com os professores no apoio a ocupação, tanto com ajuda estrutural como em pessoal. Chamamos a todos lutadores que se somem aos professores na assembléia legislativa para garantir a vitória do movimento. 

  • A GREVE CONTINUA, CID A CULPA É SUA!
  • NENHUM DIREITO A MENOS! CARREIRA ÚNICA PARA PROFESSOR!
  • PISO APLICADO NA CARREIRA ATUAL! 
  • 1/3 PARA PLANEJAMENTO JÁ, RUMO A 1/2!

CSP-Conlutas pela base na Educação

MG: MOVIMENTO EDUCAÇÃO EM LUTA MANDA AVISAR: VITÓRIA DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO!


Depois de 112 dias de uma greve heroica os trabalhadores em educação decidiram em assembleia na noite de ontem suspender a greve e aceitar a proposta apresentada pelo governo do estado.

Pelo acordo, o governo reconhece o direito do Piso ser aplicado de acordo com a progressão na carreira; se compromete a pagar o piso de forma escalonada de 2012 a 2015, segundo proposta a ser elaborada por comissão composta por governo, parlamentares e sindicato; suspende as demissões a partir de hoje e revoga as punições anteriores; anistia os grevistas; além de realizar pagamento imediato de salários e abrir negociação sobre o desconto dos dias parados.

A avaliação da categoria foi que estes pontos não contemplam todas as reivindicações pelas quais a greve foi iniciada, mas é uma grande vitória, considerando a dureza do governo, o desgaste de 112 dias de greve e as demissões de designados que já haviam se iniciado.

A CSP-Conlutas acredita que foi correta a suspensão da greve nestas condições, pois é o que permite algumas conquistas parciais, além de manter a categoria organizada e unida, pronta para outras batalhas que certamente virão.

Acreditamos que a greve foi um exemplo para a própria categoria, pois os que fizeram a greve podem agora demonstrar aos demais de que ela era justa e que poderia alcançar vitórias.

Foi um exemplo para a classe trabalhadora, pois demonstra que é possível lutar e é possível vencer, em especial neste momento em que outras categorias como trabalhadores dos correios e bancários estão em greve.

E um exemplo para toda a sociedade, pois chama atenção para a necessidade de valorizar os professores, e portanto toda a educação no Brasil, com aumento dos investimentos para 10% do PIB já - necessidade que é negada por ANASTASIA e pelos demais governos de plantão.

A greve foi importante também porque desmascarou o governo Anastásia, mostrando para os trabalhadores e a população mineiros e de todo o Brasil que o governo Anastásia é inimigo da educação e dos trabalhadores.

Em relação ao governo federal, a greve também demonstrou grandes problemas. A própria lei do piso do governo é ruim, pois abre brechas para que os governos estaduais a questionem e não implementem o piso, ou implementem de forma distorcida.

O governo federal se recusou a intervir em Minas Gerais, para obrigar Anastásia a cumprir o piso. O Ministro da Educação Fernando Haddad apoiou o governo do estado na contratação de substitutos aos grevistas, o que enfraqueceu a greve naquele momento.

Por isso, a greve mostrou que não é possível acreditar que Dilma esteja do lado dos trabalhadores, como em vários momentos a direção do sindicato chegou a acreditar.

A CSP-ConlutasMG parabeniza os educadores pela greve histórica, e conclama a todos a seguirmos organizados e unidos para os próximos desafios: o desafio de reverter as contratações de substitutos dentro das escolas; o desafio de manter o estado de greve com assembleia dia 8/10 para que a negociação com o governo avance e seja cumprida.

Assim como estivemos presentes em todas as assembleias e atividades de greve nas nossas regiões, nos colocamos a disposição de todos aqueles que quiserem fazer parte de uma organização de esquerda, de luta e socialista.

Confira abaixo o termo de compromisso assinado entre professores e governo:

Reiterada a plena disposição de permanente diálogo com a categoria dos professores estaduais, o Governo reafirma sua disposição ao entendimento de modo a permitir o retorno pleno da normalidade da rede pública estadual. Para tanto, garante ao Sindicato a participação em comissão de negociação, com a presença de 6 (seis) parlamentares, além dos representantes do Poder Executivo e do Sindicato, com o objetivo de aprimorar e reposicionar na tabela salarial da carreira da educação (em ambas as suas atuais formas de remuneração), com impactos salariais desdobrados de 2012 até 2015, desde que o movimento cesse de imediato.

A comissão será instituída através de resolução imediatamente após a suspensão da greve da categoria e iniciará os trabalhos em até 24 horas após a sua constituição. No curso das negociações, preservados os termos do regimento interno da Assembleia Legislativa, será orientada a liderança do Governo no sentido de paralisação da tramitação do projeto de lei já encaminhado ao Poder Legislativo. A partir da data da suspensão do movimento e retorno integral às atividades, cessa a aplicação de novas penalidades.

A CSP-CONLUTAS E O MEL, QUE DESDE O INÍCIO DO MOVIMENTO APOIARAM INTEGRALMENTE OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO EM GREVE NA REDE ESTADUAL DE MINAS GERAIS, SAÚDAM E PARABENIZAM TODOS OS PROTAGONISTAS DESTA VERDADEIRA BATALHA POR VALORIZAÇÃO, RESPEITO, MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E PRINCIPALMENTE PELO PISO SALARIAL NACIONAL. E AVISAM: SE NOVAMENTE OS GOVERNOS DE PLANTÃO TENTAREM DESTRUIR OU RETIRAR DIREITOS DOS EDUCADORES ESTAREMOS FIRMES NA LUTA, POIS AFINAL: SÓ A LUTA CONQUISTA!




Fonte: CSP-Conlutas/MG

terça-feira, 27 de setembro de 2011

PROBLEMA DA EDUCAÇÃO NÃO É FALTA DE RECURSOS, AFIRMAM ENTREVISTADOS


“Eu acho que a gente tem que levar o conhecimento sobre o financiamento da educação para as camadas mais populares. É sair da academia e discutir financiamento da educação numa linguagem popular, onde a gente possa saber de onde vem o dinheiro, para onde vai o dinheiro, porque a gente tem que dominar isso, apesar da mistificação que querem colocar sobre o financiamento da educação. Existem recursos do governo federal que não estão disponibilizados para a educação, tipo: as contribuições sociais”.

A afirmação é do professor Arnaud Cavalcante, um dos convidados que participaram da entrevista de abertura da nova série especial do programa Primeiro Plano, desta vez dedicado ao tema Educação. Membro do Conselho Estadual de Educação, e ex-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais em Educação (Undime), ao falar que não faltam recursos, Arnaud toca em um ponto sensível na atual conjuntura cearense, que vive uma crise na área da educação, com maus resultados nas avaliações nacionais e uma greve dos professores estaduais, iniciada no dia 05 de agosto.

A avaliação foi reforçada pela professora Nivânia Menezes, que faz parte do Comando de Greve e que também participou da entrevista.

“A própria lei diz que se os estados e municípios não têm como pagar o piso, haveria uma complementação da União para garantir esse pagamento. Só que para isso as contas do Estado deveriam ser abertas para que se pudesse comprovar que realmente não há recursos e houvesse o repasse. (…) Não tem como um professor se sentir motivado para dar uma boa aula se ele não é valorizado, se ele não é respeitado. (…) Nós precisamos transformar essa desmotivação em indignação e ação. Os professores do Ceará estão mostrando sua indignação, por isso estão em greve”.

O Primeiro Plano é transmitido ao vivo pelo canal 37 da NET e pelo Portal Jangadeiro Online, sempre às 3 horas da tarde, e exibido pela TV Jangadeiro logos após o Jornal do SBT. Mais duas edições sobre Educação serão exibidas nesta quarta e quinta-feira. Os internautas podem participar enviando perguntas pelo Twitter e também pelo Jangadeiro Online.

Para conferir o programa, na íntegra, clique no link abaixo:

Fonte: Polítika com K, portal jangadeiro Online

domingo, 25 de setembro de 2011

Professores do estado: Greve continua!

Foto: Franklin Costa
Já se somam mais de 40 dias de greve dos professores do estado, e o que parecia impossível se mostrou realizável. Os professores semana após semana vêm construindo uma das maiores luta que essa categoria já viu. 

Quando a greve se iniciou, lutávamos contra as mudanças em nosso plano de cargos em carreira que o Governo Cid Gomes pretendia fazer através do que ficou conhecido como “tabela maldita”. Do mesmo modo lutamos para que fosse aplicada a Lei do Piso Nacional, e que essa repercutisse na atual carreira e que fosse também aplicado o 1/3 de planejamento. 

A luta da categoria conseguiu derrotar a tabela maldita, e arrancou nas ruas uma negociação com o governo Cid. Agora o governo contra-ataca, mandando ainda essa semana uma mensagem à assembleia legislativa que divide a categoria em professores de nível médio e graduados, tal qual a fez a Prefeita Luizianne Lins no município. Caso essa mensagem passe, a conquista da lei do piso torna-se letra morta, pois o governo não terá mais a obrigação de corrigir o salário dos professores pela lei do piso para todos os professores. Além disso, na última reunião o governo recuou em vários dos acenos dados anteriormente como a questão de alocação de recursos de outras áreas e aplicação imediata do 1/3, mostrando assim, que não é possível ter nenhuma confiança nesse governo. 

Nessa luta, os professores estão dando amostra de garra, criatividade e compromisso com a educação pública de qualidade. Entretanto, infelizmente a direção do nosso sindicato, APEOC, em vez de servir para impulsionar essa luta, tem sistematicamente jogado contra a greve. Alegam não ter recursos para manter a greve, mas, no entanto se recusam a prestar contas para categoria. Além disso, usam o aparato do sindicato, como o site por exemplo, para expor posições contrárias a greve, e desqualificar os setores de oposição, tentando jogar desconfiança e dividindo a categoria. Achamos que a postura da direção da APEOC precisa ser revista, pois o que a categoria precisa agora, nesse momento de luta é que seu sindicato esteja do seu lado não do lado do governo Cid. Exigimos que a APEOC e que a CUT, central sindical a qual nosso sindicato é filiado, use de todo seu aparato financeiro e político para o fortalecimento da greve. 

Na assembleia do dia 23 de setembro, foi decidido pela continuidade da greve mesmo com as ameaças feitas pelo governador Cid Gomes. A categoria está disposta a dar uma resposta aos ataques promovidos pelo governo à educação pública. A CSP-Conlutas Pela Base na Educação está junto com a categoria, no desafio de enfrentar o Governo Cid. 

- Piso aplicado na atual carreira! 
- Não à divisão da carreira! 
- Nenhuma mudança no PCCS que signifique perca de direitos! 
- 1/3 para planejamento já! Rumo à 1/2!

CSP-Conlutas pela base na Educação

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

GREVE CONTINUA EM MINAS GERAIS!

Reunidos em assembleia estadual, nesta terça-feira (20/09), no Pátio da ALMG, cerca de 9 mil trabalhadores e trabalhadoras em educação da rede estadual votaram pela continuidade da greve por tempo indeterminado.





O movimento teve início dia 08 de junho e completa hoje 105 dias. O que motiva a categoria a manter essa greve histórica é o cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), regulamentado pela Lei Federal 11.738. Para acompanhar a tramitação do Projeto de Lei 2.355/2011, de autoria do Governador, que reajusta o modelo do subsídio, os educadores irão fazer uma vigília, diariamente, no pátio e dentro da Assembleia Legislativa.

No fim da manhã de hoje, na ALMG, membros da comissão de negociação do Sindicato se reuniram com o líder do Governo na Casa, deputado Luiz Humberto Carneiro, além de deputados da base e oposição. O objetivo foi discutir o cumprimento da lei 11.738, que regulamenta o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) e a necessidade de reabertura de diálogo por parte do Governo.

Paralelamente, representantes do Comando Geral de Greve se reuniu, na Escola do Legislativo, à Av. Olegário Maciel, 2.161, em Lourdes. Em pauta, a atual conjuntura do movimento grevista e também serão discutidos os rumos e estratégias para a greve, que já completa hoje 105 dias.

A categoria, coordenada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), se reunirá em Assembleia Estadual na próxima terça-feira (27/09), a partir das 13 horas, no pátio da ALMG.

A CSP-CONLUTAS CONVOCA TODOS OS MILITANTES PARA ESTAREM PRESENTES NA PRÓXIMA ASSEMBLEIA QUE PODE SER DECISIVA!

EM TEMPO: Durante todo o dia de hoje e durante a noite os trabalhadores da educação de Minas Gerais tem permanecido em vigília, 12 companheiros acorrentados e dois companheiros em greve de fome na Assembleia Legislativa exigindo abertura de negociações por parte do governo!

Fontes: CSP-Conlutas/MG e SindUTE/MG

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Trabalhadores da Educação iniciam greve de 72 horas na Espanha

Foto: Dirceu Travesso

O membro da CSP-Conlutas Dirceu Travesso enviou informes, direto da Espanha, das mobilizações que se intensificam no país contra os ataques à Educação.

Segundo o companheiro, na semana passada, houve uma passeata com a participação de 40 mil pessoas. Em Madrid, no último domingo, houve uma marcha com a presença de 15 mil manifestantes em defesa da educação e saúde publica.

Por pressão da base se impôs a convocação de uma greve no setor da Educação em Madrid. A paralisação de 72 horas que se iniciou nesta terça-feira (20).

Segue abaixo carta, em Espanhol, que explica os ataques contra a educação na Espanha

Los profesores/as explican su lucha


Estimadas familias:

Esta carta pretende informarles acerca de la situación actual de la Enseñanza Pública en la Comunidad de Madrid.

La Consejería de Educación de la Comunidad de Madrid publicó el pasado julio unas instrucciones dirigidas a los Institutos Públicos de ESO, Bachillerato, Formación Profesional, Escuelas Oficiales de Idiomas y otros, que suponen menor número de profesores. Este recorte se suma a los que ya, desde hace años, se vienen haciendo: el curso anterior el número de profesores ya se vio reducido en más de 1500 personas y este año serán 3000 docentes menos.

Para nosotros, que amamos nuestra profesión y que creemos en la educación pública para todos y de calidad, estas instrucciones suponen, más allá del ataque a nuestros derechos laborales y a los de nuestros compañeros interinos ahora en paro, una muy seria amenaza a la continuidad de esa educación.

El motivo esgrimido por la Consejería para realizar los recortes, cifrados en 80 millones de euros, es la crisis económica. Pero, por ejemplo, la propia Comunidad de Madrid ha introducido en la declaración de la renta correspondiente al año 2010 la posibilidad de deducción de un 10% de los gastos educativos privados (con un límite de 500 euros) que incluyen gastos de escolaridad (matrículas), vestuario (uniformes) y enseñanza de idiomas (extraescolares o academias) (Decreto legislativo 1/2010). Esto supondrá para la Comunidad alrededor de 80 millones de euros.

También resulta paradójico que en estas circunstancias, se pretenda pagar un complemento por un trabajo de tutoría que hemos hecho desde siempre, sin haber percibido ningún suplemento económico, en este momento en el que 3000 profesores se van al paro. No es digno: el motivo de los recortes NO es el ahorro.

Las instrucciones dictadas por la Consejería contienen varios puntos que creemos necesario que conozcan:

En cuanto a las horas de docencia directa ( horas de clase con los grupos de alumnos) la Consejería ha establecido que los profesores tendremos el próximo curso 20 horas , lo cual no supone una modificación de nuestra jornada laboral, que sigue siendo de 37,5 horas semanales, como la de cualquier funcionario.

• En cuanto a las tutorías, desaparece la hora de tutoría directa con los alumnos , pese a nuestra convicción, la de los docentes que llevamos años llevándolas a cabo, de que son imprescindibles para la convivencia y el buen funcionamiento del instituto, para la detección y solución de problemas o para la orientación académica y laboral.

En nuestro centro, todavía sin cerrar el cupo de profesores, los recortes tienen las siguientes consecuencias:

• Esas dos horas más de docencia implican que muchos profesores pasan de trabajar en el aula con 8 o 9 grupos (200 – 225 alumnos cada semana) a 10 grupos, es decir 250 alumnos. Nos preocupa especialmente la dedicación individualizada a esos alumnos y la atención y relación con las familias.

• Todo ello restará tiempo para preparar clases, corregir actividades, innovar, planificar y coordinar. Dificultará la organización del centro, se podrán hacer menos guardias, vigilancia de patio, menos desdobles y menos apoyos en laboratorios y talleres.

• Complicará también la organización de actividades complementarias y extraescolares.

• En cuanto al personal docente, la plantilla del centro quedará reducida a 13 profesores menos.

• En Orientación, Compensatoria e Integración, en los dos últimos años han desaparecido: la segunda orientadora, una trabajadora social y dos grupos de compensación educativa.

• En los ciclos formativos de Química y Sanitaria desaparecen dos profesores de apoyo en los laboratorios y prácticas.

• Funcionarán peor, o no funcionarán, las aulas de informática .La Consejería ha eliminado la reducción horaria de la profesora TIC , la profesora encargada de la supervisión de los ordenadores y medios audiovisuales del instituto.

• La plaza de administrativo en la secretaría del centro se ha cubierto con un contrato que finaliza el 18 de diciembre de 2011.

Todas estas medidas están ya aprobadas por parte de la Consejería, así que solo cabe pedir que sean retiradas.

En esta situación, esperamos contar con su apoyo y este es el principal objetivo de esta carta. En los medios de comunicación se está informando de que solo suponen dos horas de trabajo a la semana. Esto es manipulación informativa, supone mucho más en cuanto a preparación, corrección y atención al alumno y a las familias. Todos hemos dado en muchas ocasiones 20 lectivas, algunos compañeros más y no ha sido nunca motivo de protesta. Va más allá: nos preocupa la formación de nuestros alumnos y tememos que el modelo educativo que se imponga no tenga como finalidad la calidad y la igualdad de oportunidades a través de una enseñanza digna y excelente.

Muchas gracias y reciban un afectuoso saludo de los profesores del IES Juan de Mairena

En San Sebastián de los Reyes, a ocho de septiembre de 2011.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

CORDEL PARA CID


Autor: Prof. Francinilto Almeida - Tabuleiro do Norte-CE














1.
Em discursos de políticos
Há certas prioridades
Dentre as quais EDUCAÇÃO
Incluem essas “beldades”
Mas o que se vê de fato
É um grande desacato
Recheado de maldades.

2.
O Piso do Magistério
Como Lei Nacional
Surgiu em 2009
Regra Constitucional
Mas alguns governadores
“Amigos” dos professores
Buscaram o Tribunal.

3.
Entretanto o STF
Com visão mais ampliada
Disse “Não!” aos “amiguinhos”
Daquela grande empreitada
O Piso Salarial
Já é Lei Nacional
Precisa ser respeitada.

4.
Mas não é isso o que vemos
Garanto, posso afirmar.
Sou professor e me negam
Essa Lei tão exemplar
São interesses mesquinhos
Desses nossos “amiguinhos”
Que brincam de governar.

5.
Dos Estados do Nordeste
É somente o Ceará
Que desobedece o Piso
E fica no deus-dará
Pois o Sr. Cid Gomes
É um dos ilustres nomes
Que contra essa Lei está.

6.
E como se não bastasse
Andando na contramão
Ele fica com gracinhas
Sem a menor atração
Nem percebe o desmantelo
Devido à falta de zelo
Com a “pobre” Educação.

7.
Nunca se viu nesse Estado
Um jogo tão inclemente:
Dividiu-se a Escola Pública
Da forma mais indecente
Uns são privilegiados
Ricamente bem tratados
Inscrição: SOU COMPETENTE.

8.
No lado esquerdo, porém
Estão os discriminados...
Tentaram, fizeram testes...
Mas foram, sim, reprovados.
Então não podem tocar
Desse mais fino manjar
Dos “deuses” bem educados.

9.
E são dois tipos de IMPOSTOS?
Eu me ponho a perguntar.
Por que este é escolhido
Sem que aquele possa entrar?
Uns têm muitas regalias
Sentem-se reis em folias,
Outros vivem a penar.

10.
Denuncio com firmeza
Esse abuso insolente
Minha escola, lado-a-lado
De uma ESCOLA COMPETENTE
Não temos quadra, sequer
Nós somos, sim, da ralé
Inscrição: INCOMPETENTE.

11.
Será que existe algum pai
Alguma mãe tão sofrida
Que não queiram profissão
Nessa amargurada vida
Para os seus filhos amados
De novo assim massacrados
Por uma regra indevida?

12.
Isso tudo só se dá
Para efeito camuflado
Pois nosso Governador
O que quer é resultado
As escolas oprimidas
Por certo serão supridas
Pelas do “recheio” amado.

13.
Não somos contra as escolas
Que ensinam a profissão.
Estamos insatisfeitos
Com a discriminação
Os direitos são iguais
Ninguém é menos nem mais
Em termos de educação.

14.
Além dessas injustiças
Sem cumprir a Lei do Piso
O professor corre o risco
De também perder o siso
Pois nosso Governador
Aumentando a nossa dor
Acha mesmo que é preciso.

15.
“Ensina quem tem amor”
“Nem carreira existiria”
“Por que fizeram concurso?”
São frases de maestria
Que o nosso Governador
Com carinho e com amor
Solta a plena luz do dia.

16.
E Vossa Excelência diz:
“Ensina quem tem amor...”
Pois é isto o que não falta
Na vida de um professor
O que falta é dignidade
Por parte da autoridade
Isto, sim, Governador.

17.
Não sabe Vossa Excelência
A rotina que mantém
Um professor que se preza
Na carreira que convém
Somente com muito amor
Mesmo com o Governador
Sugando o pouco que tem.

18.
Esse desprezo que vemos
Com palavras tão cruéis
Mostra a sua ingratidão
Com profissionais fiéis
Pois professor é amigo
É pai, é mãe é abrigo...
São muitos os seus papéis.

19.
São eles no dia a dia
Dando exemplos de bondade
Moldando comportamentos
Encaminhando à verdade
Ensinando o bem viver
Fazendo o país crescer
Erguendo a humanidade.

20.
Vossa Excelência não sabe
A sobrecarga que tem
Uma professora-mãe
Guerreira como ninguém
Depois de longa jornada
Assiste à família amada
Disposta como convém.

21.
Quantos professores vivem
Sem dispor de um bom lazer
Pois são tantas as tarefas
Restando para fazer
Isto porque nossas leis
Não nos dão a voz e vez
Para o quadro reverter.

22
Quem é que nesse mundo
Progride sem professor?
Que mundo pode existir
Sem a profissão do amor?
Será que Vossa Excelência
Nunca sofreu influência
De um deles, Governador?

23.
Nós queremos mais respeito
Com a nossa profissão
Ela é quem muda os rumos
Dessa e de qualquer nação
Só alguém estabanado
Olha bem desconfiado
Pra SENHORA EDUCAÇÃO.

24
Ela rege o Universo
Faz conquistas envolventes
Muda qualquer panorama
Deixa as coisas diferentes...
Se não há educação
Não existe evolução
Seremos, sim, indigentes.

25.
Será que é muito difícil
Perceber nosso valor?
Educação é a base
Digo isso aonde eu for
Sem a nossa profissão
Não existia outra, não
Sequer de Governador.

- FIM - 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Assine abaixo-assinado da campanha pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

Foto: Diego Cruz

A campanha pela aplicação dos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação Pública Já! lança manifesto e abaixo-assinado. O objetivo da iniciativa é estender o debate e buscar o apoio do conjunto da população.

O manifesto denuncia a precariedade e a falta de investimentos na Educação: “As escolas públicas – da educação básica e superior – estão sucateadas, os trabalhadores da educação sofrem inaceitável arrocho salarial e a assistência estudantil é localizada e pífia”. Além disso, exige também mais investimentos nessa área partindo de aumento de percentual das verbas do PIB para a Educação.

Este mês de setembro será utilizado para fazer lançamentos regionais da campanha e realizar palestras, debates, atos e seminários. Na última reunião para tratar sobre a campanha, realizada no dia 5 de setembro, ficou definido a criação de canais de divulgação dessa ação. O blog já está no ar. Nele serão divulgadas as atividades agendadas e as que acontecerem.

Para o mês de outubro serão organizadas aulas públicas sobre tema em todo país.

Todas essas iniciativas servirão para lançar um Plebiscito Popular em todo o país em favor dos 10% do PIB para a Educação Pública Já.

Para o fortalecimento dessa campanha, vamos divulgar esse abaixo-assinado e também o manifesto em todos os locais de trabalho.

domingo, 11 de setembro de 2011

Greve dos servidores da Educação organizados no Sinasefe completa 40 dias

Para o Comando Nacional de Greve, existem dois cenários possíveis para a mobilização

Os servidores da Educação, representados pelo Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), realizam desta quinta-feira (8) até dia 12 de setembro, rodada de assembleias de base para definir os rumos da mobilização da categoria, em greve há 40 dias.

Em greve desde 1° de agosto, a paralisação conta com a adesão de trabalhadores de cerca de 70% de toda a rede federal do ensino básico, técnico e tecnológico, sendo 228 campi com as atividades suspensas.

Segundo o último boletim de greve da entidade, apesar das negociações com o Ministério do Planejamento (MP) não terem avançado, devido à intransigência do governo em não receber os servidores grevistas, foi iniciado um processo de negociação, em 24 de agosto, junto ao Ministério da Educação (MEC).

Após audiências com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e reuniões técnicas com sua assessoria, o MEC encaminhou ao Comando Nacional de Greve (CNG) do Sinasefe uma proposta referente às demandas vinculadas àquele ministério, com indicações de encaminhamentos.

Através da mediação da CSP-Conlutas, uma vez que o MP se recusa a receber o Sinasefe, foi encaminhada à entidade, por este ministério, a minuta com a extensão do acordo emergencial firmado com o ANDES-SN.

Diante destes dois novos documentos apresentados ao Sinasefe, o CNG avalia que surgem dois possíveis cenários para a mobilização dos servidores: a continuidade e a radicalização da greve, ou suspensão da greve com reavaliação até março de 2012.

Segundo o último informativo de greve, “nas avaliações feitas estes cenários estabelecem posicionamentos a serem tomados a partir desse dia 13, na 103ª PLENA (Plenária Nacional) do Sinasefe”.

Confira aqui o boletim de greve nº 16 do Sinasefe, com análise dos cenários e os documentos recebidos pela entidade.

Com informações do Sinasefe e Andes/SN.
Fonte: CSP-Conlutas

Um país que abanona seus mestres

Um país que abandona seus mestres,
ao desespero das ruas,
ao desmerecimento de ser recebido e ouvido,
ao dissabor da mentira em detrimento da verdade,
ao silêncio gritante perante o implacável,
deve ser um país covarde...
Um país covarde com seus mestres,
perpetua ignorâncias,
sobeja inconsciências,
fomenta imbecilidades,
ilude idiotas,
idiotiza inteligentes,
enobrece fúteis e futilidades,
deve ser um país filho da putamente covarde...
Um país filho da putamente covarde com seus mestres,
quer mais é que todos se fodam:
que as crianças descreçam,
que os jovens emburreçam,
que as mães enlouqueçam,
que os pais esmoreçam,
que os velhos desapareçam,
e aos professores? os esqueçam!!!

(Uma desomenagem pelos 189 anos da independência do Brasil, independência de que mesmo?)

Rogério Oliveira.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Marcha pela Educação Pública (7 de Setembro)




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Professores fazem protesto na marcha da Independência

Os professores da rede estadual de ensino aproveitaram a marcha cívica de 7 de setembro, para protestar pela valorização da categoria. Vestidos com camisetas pretas, os educadores desfilaram levando faixas com frases que denunciam o descontentamento da categoria com a falta de valorização dos profissionais, por parte do governo.

Os professores, que estão em greve há mais de um mês, reivindicam que a Lei Nacional do Piso Salarial seja implantada para toda a carreira do magistério, em todos os níveis salariais.

Fonte: Jangadeiro Online