domingo, 31 de julho de 2011

Professores não se satisfazem com proposta do governo e ameaçam greve

O Sindicato dos Professores no Estado do Ceará (Apeoc) se reuniu com o governador do Estado, Cid Gomes, em razão de discutir uma nova proposta salarial. Entretanto, a proposta do governador não agradou a categoria, que afirmou, através de Reginal Pinheiro, vice-presidente da Apeoc, que se persistirem com a proposta, será “defendida a deflagração de greve em todo o Estado”.

“A proposta mantém uma diferença de 90 reais do graduado para o especialista e ainda promove uma mudança radical na tabela de vencimento para pior” declarou Pinheiro.

O aumento proposto pelo governo é de em 45%, somente para os professores em início de carreira com nível superior. Já para os para os professores temporários, o aumento seria de 60%. Em relação aos especialistas, a assessoria do governo não anunciou o reajuste.

Ainda segundo o vice-presidente da Apeoc, “não vai haver ganho algum para mais de 80% do quadro efetivo do Estado”. 

Uma assembleia geral dos professores será realizada na próxima segunda-feira, 1º.

Fonte: Redação O POVO Online

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Rodoviários de Fortaleza (CE) decretam greve geral para 2 de agosto


Na última reunião entre representantes do Sindiônibus (Sindicato das Empresas de Transportes e Passageiros do Estado do Ceará) e do Sintro (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Ceará), que ocorreu nesta quarta-feira (27), o Sindicato patronal manteve a proposta de reajuste salarial de 6,3%. O Sintro, no entanto, solicitou aumento de 23%. Os empresários disseram que esse valor era “impraticável” e propuseram, ao sindicato, que apresentasse um reajuste de somente um dígito, entre 6.3% e 9.9%.

Como uma forma de tenta resolver o impasse, na manhã desta quinta-feira (28), mais de 400 motoristas e cobradores de ônibus se reuniram em assembléia, e decidiram por unanimidade, reduzir o pedido de reajuste para 9,9%, além de cesta básica de R$ 65 e vale alimentação no valor de R$ 7.

Caso o Sindiônibus não acate as propostas, a categoria promete paralisar as atividades por 72 horas, a contar a partir desta sexta-feira (29). E greve geral para o dia 2 de agosto!

Convocamos o apoio de todas as entidades e movimentos fiados à CSP-Conlutas no Ceará e no país.

Zé Batista, executiva da CSP-Conlutas/CE

O coletivo CSP-Conlutas pela base na Educação declara seu irrestrito apoio aos trabalhadores rodoviários. Chega de sufoco nos ônibus e nos salários! 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

No Rio e MG greve dos profissionais em Educação continua firme; após 80 dias de luta, paralisação é suspensa em RN


Os profissionais de educação continuam na luta pro melhores salários e contra o desmonte do ensino público. Apesar dos duros ataques por parte do governo, educadores de estados como RJ e MG seguem firme com a paralisação que já dura mais de 40 dias. No Rio Grande do Norte, após 80 dias de intensas mobilizações, a greve histórica dos educadores estaduais foi suspensa. Ainda assim, a categoria continua sacudindo as ruas de RN com protestos e manifestações em defesa da Educação.

No Rio, educadores fazem enterro simbólico de contracheque – Os profissionais da Rede estadual do Rio, em greve desde o dia 7 de junho, realizaram um protesto na Praia do Leblon na manhã deste domingo (24). Em determinados pontos da praia foram colocados centenas de cartazes com a reprodução de contracheques de professores e funcionários. Durante o percurso esses trabalhadores exigiam que o governo do estado reabrisse as negociações com a categoria. Os bombeiros e a PM também participaram da manifestação e muitos populares deram seu apoio aos profissionais da educação.

Os educadores prosseguem com o acampamento em frente à Secretaria de Educação do Rio. A próxima assembleia da categoria ocorre no dia 3 de agosto.

A CSP-Conlutas enviou uma moção de solidariedade aos educadores que foi reproduzida no site do Sepe.

Veja o terceiro vídeo dos educadores acampadoshttp://www.seperj.org.br/ver_video.php?cod_video=35

Em Minas, a greve segue firme e forte! Os educadores da rede estadual de Minas Gerais continuam determinados em sua greve, iniciada em 8 de junho. A continuidade da paralisação é a resposta da categoria ao Governo do Estado que se mantém irredutível em discutir a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Em reuniões com o Comando de Greve o governo informou que só aceitaria negociar as reivindicações dos educadores após o encerramento da greve.

A nova assembleia dos trabalhadores (as) será realizada também no dia 3 agosto, a partir das 14h, no pátio da Assembleia Legislativa de MG.

Após 80 dias de luta, greve dos educadores de RN é suspensa - Os trabalhadores em educação da rede estadual do Rio Grande do Norte decidiram encerrar a greve na última quarta-feira (20). A categoria não aceitou a proposta apresentada pelo governo e, mesmo com o fim da paralisação, continua mobilizada. Os educadores de RN resistiram bravamente contra as ameaças de corte de salários e até demissão por parte do governo, que contou com o auxilio do poder judiciário.

A greve acabou, mas a disposição da categoria não. Como prova disso, na última sexta-feira (23), foi realizada a Marcha Pela Educação em RN, organizada pelo movimento sindical, estudantil e popular. Com faixas e cartazes os manifestantes exigiam 10% do PIB para educação e melhorias no ensino.

Fonte: Sítio da CSP-Conlutas

Plano Nacional da (Des)Educação


O Banco Mundial é uma instituição que foi criada, principalmente, para financiar os projetos de expansão de infraestrutura dos países em desenvolvimento e, em troca, esses países são obrigados a permitirem a entrada da política neoliberal dos grandes polos econômicos que estão por trás do banco.

No tocante a educação, o Banco mundial tem projetos, elaborados por economistas, com traços neoliberais e imperialistas bem marcantes, denunciando, o caráter comercial que eles veem na educação.

Alguns desses traços devem ser debatidos com mais afinco.

É o caso da Lei “Custo x Beneficio” que rege esse projeto educacional, que prioriza maiores quantidade com menores custos (um professor que ensina trinta alunos pode ensinar cinquenta).

Tem, também, o sucateamento dos profissionais da educação, uma vez que, todo recurso humano é visto pelo banco como um problema em potencial, pois tais profissionais tendem a não aceitar com passividade as “regras do jogo” ditadas pelo banco (baixos salários e condições pífias de trabalho, por exemplo).

Não podemos esquecer da ‘pragmatização’ da educação empregada pelo banco, que visa a montagem de um exército de mão-de-obra barata minimamente qualificada do qual as grandes empresas possam usufruir para lucrarem e se expandirem.

E, ainda, a privatização das Universidades. Passar o ensino superior para as mãos dos grandes empresários, além de representar lucros, acaba isentando o Estado de tal responsabilidade.

Ainda no governo de FHC, o Brasil alegou não ter capital para investir em alguns setores sociais, como a educação. Logo, recorreu ao Banco Mundial e, dessa forma, além de aumentar a dívida externa do país, implantou no país os projetos educacionais propostos pelo Banco Mundial.

Tem início uma verdadeira contra-reforma educacional brasileira que se agrava com o passar dos anos e com as mudanças de governos.

O Governo Lula lança um projeto educacional de aparente melhoria do Ensino Público, mas que em sua essência são verdadeiras manobras de implantes das políticas educacionais do Banco Mundial.

O REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), por exemplo, obriga que as Universidades dobre o número de vagas sem, porém, oferecer verba proporcional a esse aumento. O que se torna um suicídio do ensino público superior e ajuda o governo a justificar seu apoio as iniciativas privadas: “Apoiamos a expansão do Ensino Superior Privado, pois o Estado não tem condições de promover tal expansão no Ensino Público”.

Como o REUNI, temos outros programas do governo que ajudam a caminhada para a privatização do ensino superior, como ProUni (Programa Universidade para Todos), na qual cada aluno “contemplado” custa à União o mesmo valor que três alunos que estão no ensino superior público.

Não podemos esquecer o Novo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que muda o processo seletivo de acesso às universidades públicas e, consequentemente, obriga as instituições de ensino privado mudar suas metodologias de ensino para que possam se adaptar a esse “novo vestibular”. Porém, essa mesma mudança de metodologia de ensino não ocorre nas unidades públicas de ensino médio o que implica um distanciamento ainda maior entre o aluno que não pode pagar por um ensino médio em uma unidade privada e a universidade.

Temos ainda o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e do Emprego), que vem sendo reforçado nos últimos meses, e se configura em mais um programa que reforça as ideias neoliberais do projeto educacional do Banco Mundial.

Somando-se a tudo isso temos um problema tão grave quanto os já discorridos: a percentagem do PIB destinado à educação, atualmente, não chega sequer aos 5%, o que justifica os salários miseráveis que são oferecidos aos professores e as péssimas condições em que se encontra a educação brasileira.

O PNE proposto pelo governo Dilma representa um ataque ainda mais grave à educação brasileira, pois incorpora como política de estado todos esses programas educacionais que foram implantados no governo Lula o que, na prática, significam uma contra-reforma da educação e uma forte aproximação dos laços entre o projeto educacional nacional e um projeto educacional que representa um verdadeiro distanciamento do ensino público, gratuito, universal e de qualidade.

Não podemos aceitar um Plano Nacional de Educação que se curve às leis de mercado e que põe em risco a emancipação da sociedade brasileira.

Todos juntos contra o PNE de Dilma e por 10% do PIB para educação, JÁ!! 

Diego Paulino, estudante de Letras e membro da Comissão Executiva provisória da ANEL-CE
Fonte: Blog da ANEL-CE

terça-feira, 19 de julho de 2011

Profissionais em Educação da rede federal entram em greve a partir de 1º de agosto

O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), fechou neste sábado (16 de julho) os últimos preparativos para a deflagração da greve em suas bases a partir de 1º de agosto. Nas votações, não houve delegados/as contrários à deflagração do movimento grevista dos trabalhadores e trabalhadoras da educação que atuam nas instituições da rede federal de ensino (Institutos Federais de Educação, CEFET’s, Colégio Pedro II, e outros).

A plenária contou com a participação de 40 seções e/ou sindicatos, 54 delegados/as e 31 observadores/as, também estiveram presentes representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (FASUBRA), Luiz Antônio, e da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF), Neide Solimões. Com a pauta voltada apenas para a greve, os informes e a análise de conjuntura tiveram falas esclarecedoras sobre o tema. A Direção Nacional informou sobre as audiências realizadas com o governo (MEC e MPOG), onde não foram apresentadas respostas formais à pauta de reivindicações protocolada em 17 de maio de 2011. O debate principal, com objetivo de organizar os detalhes para a greve, teve boa participação de delegados/as e observadores/as, que apresentaram sugestões de atividades de greve que refletem as necessidades de cada base representada.

Confira os encaminhamentos da 101ª PLENA do SINASEFE a respeito da greve:

GREVE

1. Deflagrar a greve nas bases do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) em 1º de agosto de 2011, com a realização de rodadas de Assembleias nas Bases para esta deflagração até o dia 10 de agosto de 2011. As bases que não conseguirem a deflagração até o dia 10 receberão todo apoio da Direção Nacional e do Comando Nacional de Greve para conseguirem fazê-lo mesmo depois desse período;

2. Realizar a 102ª PLENA do SINASEFE dias 20 e 21 de agosto de 2011 para avaliar e dar continuidade à construção da greve.

3. COMANDO NACIONAL DE GREVE DO SINASEFE:

O Comando Nacional de Greve do SINASEFE (CNG) será instalado dia 10 de agosto de 2011.

Sua composição se dará com um/a representante indicado/a por cada base em greve. A Direção Nacional vai custear as despesas de alimentação e hospedagem de todos/as. E no caso das seções com até 200 filiados/as irá custear também as despesas com o deslocamento para Brasília;

A 101ª PLENA decidiu encaminhar sugestões de atividades para que o Comando Nacional de Greve venha debater e implementar (manifestações, panfletagens, estratégias de comunicação, etc);

Durante a greve é o Comando Nacional de Greve do SINASEFE quem tomará as decisões relativas à greve. A Direção Nacional permanece à frente da entidade nas questões administrativas, com a Coordenação Geral participando do Comando e das negociações da greve;

4. PAUTA DE REIVINDICAÇÕES:

Incluir na pauta de reivindicações do SINASEFE o reajuste emergencial de 14,67% (inflação – IPCA – + variação do PIB); e

A destinação de 10% do PIB para a Educação Pública;

5. MATERIAL DE COMUNICAÇÃO DA GREVE:

Boletim de construção da Greve;

Cartilha da Greve (tratando do direito à greve para servidores em estágio probatório e profissionais com contrato temporário);

Carta Aberta à População e às Comunidades Escolares falando dos motivos da Greve e das nossas reivindicações;

Ofício à Ministra do Planejamento e Ministro da Educação, bem como aos Reitores e Diretores Gerais de Campis, para atender às determinações do STF sobre o direito de greve e as necessidades essenciais de setores públicos;

A DN irá elaborar e enviar todo o material até o final do mês de julho para que as Bases possam dar ampla divulgação;

O SINASEFE irá usar a internet e as Redes Sociais para divulgação da greve.

Fonte: SINASEFE

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Professora negra vence processo de crime racial contra diretora de escola

A professora e pedagoga de Ciências Sociais, Neusa Maria de Marcondes (62) ganhou na justiça o processo de crime de racismo contra a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Benedito Calixto, Francisca Silvana Teixeira. A sentença saiu no dia 6 de julho em São Paulo.

A professora explicou que foi agredida verbalmente pela diretora por ser negra. “Ela [a diretora] me chamou em sua sala para eu assinar um documento, e disse dessa forma: `vem aqui assinar o documento, sua macaca´. Eu sou militante, sindicalizada e atuo no movimento negro (…), não podia de maneira nenhuma deixar que esse ato desrespeitoso passasse impune”, enfatizou.

Em março de 2009, a professora entrou com processo de crime racial contra a diretora e esperou sair a sentença para vir a público. Nesse período, muitos diziam para ela desistir, pois o processo não iria dar em nada e que desculpasse a diretora. Neusa não esmoreceu e prosseguiu com a iniciativa.

A diretora foi condenada a um ano de reclusão, pena reduzida para trabalhos na comunidade. “Infelizmente nesse país ninguém vai preso, mas eu vou continuar lutando contra a impunidade”.

Neusa disse que além do processo criminal, vai exigir uma posição da Coordenadoria de Educação de Itaquera (SP) e da Ouvidoria da Secretaria de Educação sobre o caso.

A professora espera que as pessoas tenham coragem de se rebelar contra qualquer tipo de preconceito. “Quem sofre com a homofobia, racismo ou machismo, têm que reagir, não podemos sofrer calados, enquanto aceitamos o preconceito não conseguiremos nada, precisamos lutar e não nos deixar diminuir”, desabafou.

Neusa informou que infelizmente existe o preconceito com os negros no Brasil, de maneira velada, mas existe. “O que é ser negro no Brasil? É ser discriminado e subjugado. Nós precisamos ser fortes para superar tudo isso (…) temos que ser guerreiros e continuar lutando. Esse processo de crime racial que ganhei na justiça é uma vitória não só minha, mas de todo o movimento negro”, finalizou.

Fonte: Sítio da CSP-Conlutas

Paralisação dos servidores da Saúde e Educação de Juazeiro do Norte (CE) completa um mês

A greve dos servidores públicos municipais de Juazeiro do Norte (CE) completa 32 dias nesta terça-feira (12). A adesão ao movimento ocorre principalmente por parte dos profissionais da saúde e Educação.

A paralisação, deflagrada no dia 6 de junho e iniciada em 10 de junho, é chamada pelos trabalhadores de Greve do Centenário e faz referência ao ano do Centenário de emancipação política da cidade de Juazeiro do Norte/CE.

A luta dos servidores é em defesa de reajuste salarial, melhores condições de trabalho, enquadramento da ascensão dos professores no PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração), na saúde, as reivindicações estende para implantação da insalubridade, em conformidade com determinação a ação jurídica conquistada na Justiça do trabalho e construção e implantação do PCCR.

O prefeito do PT, Dr. Santana, tem se negado a abrir mesa de negociação, porém, mediante a negativa de tutela antecipada pelo desembargador Rômulo Moreira de Deus, sobre a Ação Declaratória de Ilegalidade de Greve impetrada pela administração municipal do PT-PC do B, viu-se derrotado e logo chamou a direção do SISEMJUN para uma reunião.

No encontro, a direção da greve conquistou abertura de negociação. Uma reunião foi marcada com a Procuradoria do Município, secretário de Finanças e de Saúde.

Além disso, o movimento grevista que também conquistou uma reunião com a Secretaria da Educação que ocorreu na segunda-feira (11). No encontro foi apresentado aos educadores avanços significativos de negociação. A proposta apresentada garante um ganho sobre o percentual de reajuste salarial e o enquadramento da ascensão dos professores, podendo chegar a um número de 27,44% sobre a remuneração, e por fim foi conquistada uma comissão paritária para construção PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Funcionários da Secretaria de Educação).

Já a categoria dos servidores da saúde, terá uma reunião agendada com o órgão responsável na próxima quinta-feira (14).

Com informações do professor Marcos Chaves – Direção do SISEMJU e CSP-Conlutas.
Fonte: Sítio da CSP-Conlutas

Ceará tem 5º pior salário do País

Categoria está em estado de greve desde o último dia 30. Para pressionar, educadores fazem vigília sexta-feira

O Ceará está ocupando a 23ª posição no ranking das remunerações pagas aos professores estaduais, tendo assim o quinto pior salário do País recebido pelo magistrados licenciados, com jornada de 40 horas-aula semanais e em início de carreira. O Estado está à frente apenas da Paraíba, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Enquanto um servidor de Roraima ganha R$ 4.047,49 - a maior remuneração do País - no Ceará o valor cai bastante, sobrando apenas R$ 1.461,51 na folha de pagamento no fim do mês. Uma diferença de R$ 2.585. A hora aula no Estado é R$ 7,31, três vezes menor que os R$ 20,24 pagos em Roraima.

Estes e outros dados foram divulgados ontem por um estudo feito pelo Sindicato dos Professores no Estado do Ceará (Apeoc). A categoria está em estado de greve desde o último dia 30 e promete fazer uma vigília, na próxima sexta-feira, no Palácio do Governo, durante apresentação de proposta salarial em rodada de negociação com o governador Cid Gomes.

"A regularidade ou não das aulas do segundo semestre está nas mãos de Cid Gomes", diz o presidente da Apeoc, Anísio Melo. Uma nova assembleia geral da categoria está marcada para o próximo dia 1º de agosto.

Para Melo, a desvalorização tem sido constante. O professor, segundo ele, chegou a ganhar dez salários mínimos nos anos 1980, hoje recebe 2,68 salários. Conforme o estudo, o Maranhão, 3º no ranking geral e 1º do Nordeste, paga R$ 3.263,38, mais de cinco salários mínimos.

"Queremos a aplicação do piso nacional e implicação dele na carreira. O Estado tem como pagar melhor, tem que rever esta precarização salarial. É uma grande vergonha", cita o vice-presidente Reginaldo Pinheiro. Ele destaca também a redução nas aplicações gerais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). "Os investimentos do Fundeb só têm caído. Em 2009 o Ceará aplicou 64% do total disponível para pagamento dos magistrados. Em 2010 ficou só em 62%", ressalta.

Sobre estes resultados, a Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) informa que só irá se pronunciar após recebimento e análise dos dados. Ressalta, ainda, que já vem oferecendo benefícios, entre eles: implantação da aposentadoria, progressão horizontal, equiparação salarial entre professor efetivos e temporários, antecipação do pagamento de 50% do 13º, apresentação de proposta de lei para financiamento de um computador para cada educador e estudo das propostas de Cargos, Carreiras e Remunerações.

Fonte: Diário do Nordeste

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Profissionais da Educação acampam em frente à secretaria do Rio; Greve continua em MG, RN e SC.

Foto SEPE
No Rio, acampamento na Seeduc - Na terça-feira (12) os profissionais da Educação do Rio de Janeiro, em greve desde o dia 7 de junho, radicalizaram o movimento e acamparam em frente à Seeduc (Secretaria Estadual de Educação do Rio). A categoria chegou a ocupar o 5° andar prédio, exigindo uma audiência com um representante do governo. Após a pressão feita pelos manifestantes, o secretário da Educação, Wilson Risolia, e o secretário de Planejamento, Sergio Ruy, se reuniram com representantes do Sepe (Sindicato dos Professores Estaduais do Rio de Janeiro), porém não houve contraproposta salarial por parte do governo.

Uma nova audiência foi marcada para esta quinta-feira (14). Os trabalhadores da Educação decidiram permanecer em frente ao local até a realização desta reunião.

Confira o vídeo feito pelo Sepe sobre o acampamento: 

Greve longa em MG - Também em Minas Gerais os professores e funcionários das escolas estaduais estão em luta por melhores salários e condições de trabalho. Numa greve que já dura 37 dias. Nesta quarta-feira (13) eles realizam uma assembleia estadual da categoria para definir os rumos do movimento.

Na terça-feira (12), mais de mil pessoas, entre profissionais da Educação, trabalhadores da saúde e estudantes secundaristas da Grande Belo Horizonte, realizaram manifestação na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. Em outras regiões do estado também ocorreram manifestações, como em João Monlevade e Unaí.

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), se mantém intransigente em atender as reivindicações da categoria, como o piso de R$ 1597, o fim do subsídio e a recomposição da carreira. Os trabalhadores em Educação exigem do governador a abertura de negociação imediata para que sejam resolvidas as questões levantadas pela categoria.

Piso nacional em SC - Nesta quarta-feira (13), os educadores de Santa Catarina, em greve desde o dia 8 de junho, que já conquistaram a legalidade do movimento, lotaram as galerias da Assembleia Legislativa do Estado. Eles são contra a aprovação do PLC (Projeto de Lei Completar) 026/2011 que, segundo a categoria, desfigura o nível e referência da tabela salarial do magistério e seria prejudicial ao Plano de Carreira.

Os trabalhadores reivindicam uma negociação com o governo para a discussão e elaboração de um projeto que contemple o piso da carreira com a manutenção de todos os direitos dos profissionais do magistério.

Contra tutela antecipada em RN – No Rio Grande do Norte, os trabalhadores em Educação, em greve desde o dia 28 de abril, lutam contra a tutela antecipada pelo governo do estado de ilegalidade da greve que será julgada nesta quarta-feira (13).

A greve dos professores já contabiliza 73 dias. É a maior paralisação da categoria nos últimos 11 anos. Diversas manifestações foram realizadas. Um ato unitário aconteceu no dia 6 de julho, em Natal, com a participação de cerca de 400 trabalhadores estaduais, que unificaram suas reivindicações e fizeram um acampamento em frente à sede do governo. Dentre as categorias que permanecem em greve naquele estado, estiveram presentes no protesto servidores da Educação, do Detran/RN, da Tributação e da Universidade Estadual, além de setores da administração indireta.

Solidariedade - A CSP-Conlutas manifesta seu apoio a todos (as) os (as) profissionais de Educação que se encontram em greve. Também faz um chamado a todas essas categorias a se unirem na Jornada de Lutas de Agosto, convocada pela Central juntamente com outras entidades, que defende entre outras medidas, uma educação pública e de qualidade.

Fonte: Sítio da CSP-Conlutas

terça-feira, 12 de julho de 2011

Professores em greve do RJ invadem prédio da secretaria de Educação

Foto: Samuel Tosta
Professores e profissionais da educação do Rio de Janeiro, em greve desde o dia 7 de junho, invadiram o prédio onde fica a sede da Secretaria Estadual de Educação e entraram em confronto com a polícia.

Eles foram impedidos de subir ao andar onde fica o órgão pelos policiais, que utilizaram gás de pimenta para dispersar os manifestantes.

Segundo o Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro), são aproximadamente 500 manifestantes.

O protesto começou nas escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), onde os professores decidiram pela continuidade da greve, e seguiu até a secretaria.

O objetivo era conseguir uma audiência com o secretário Wilson Risolia. No entanto, cerca de 50 profissionais já haviam conseguido subir horas antes do confronto até o andar da secretaria.

Uma comissão formada pelos manifestantes deve ser recebida pelo órgão assim que os que já entraram conseguirem sair do prédio. Em nota, a Secretaria de Educação diz lamentar “a postura dos servidores” e afirmou que “está aberta ao diálogo em busca do entendimento pacífico entre as partes”.

*Com informações de Júlio César Guimarães, no Rio de Janeiro
Fonte: Uol (Do sítio da CSP-Conlutas

domingo, 10 de julho de 2011

Não à criminalização!


No Brasil crescem as ações policiais e as medidas judiciais contra as mobilizações, as greves e as manifestações dos trabalhadores. O aparato repressivo do Estado espanca ativistas em greve, prende, tortura e muitas vezes mata lideranças do campo e dos movimentos sociais urbanos.

A Justiça julga greves ilegais e abusivas. Além disso, impõe os interditos proibitórios, que são as famigeradas ações judiciais utilizadas indevidamente por empresas para inviabilizar os movimentos grevistas e as próprias entidades sindicais, por meio de multas vultosas a essas entidades.

Assim acabam na prática com o direito à greve, garantido na Constituição Federal de 1988.

Já no campo, sua função é evitar as ocupações de terras sob a alegação de que o direito de posse ou de propriedade está sendo ameaçado. Desta forma determina-se a reintegração de posse aos latifundiários contra as ocupações pela reforma agrária e decretasse a prisão e a condenação de lideranças dos sem terra. Não raro, esses confrontos resultam em mortes de trabalhadores, essas, porém, ficam impunes. O mesmo acontece com as ocupações na cidade, as ocupações urbanas.

Os que lutam por moradia ainda sofrem com os despejos cujos terrenos são utilizados para a especulação imobiliária promovida pelas grandes construtoras.

Ao se utilizarem desses recursos, patrões, latifundiários, empreiteiros e seus governantes corruptos protegem unicamente seus interesses. É importante frisar que essas medidas foram utilizadas com frequência nos tempos de Ditadura Militar. Entretanto, sobrevivem aos governos do PSDB e do PT, ainda que a Constituição Federal assegure a livre organização dos trabalhadores.

Ao criminalizarem as lutas, os poderosos, pasmem, estão criminalizando a pobreza.

Buscam transformar em crime o direito de lutar por moradia, por terra e por uma vida digna, que deveriam ser garantidos pelo Estado. Eles estão criminalizando os trabalhadores que lutam por direitos sociais e trabalhistas e contra a exploração nas empresas.

Participe - Esta é uma campanha contra a criminalização da pobreza no Brasil, das lutas e das organizações dos trabalhadores e da juventude.

Vamos botar o bloco na rua, trabalhadores urbanos e rurais, estudantes e movimento popular. Vamos buscar a solidariedade de nossa classe para denunciar e acabar com a criminalização de nossas lutas e da pobreza nesse país.

Violentas e ilegais não são as greves, as ocupações de prédios, de terrenos e de terras. Isso não é crime. Crime é punir os que lutam pelo justo direito à alimentação, à moradia, à terra, ao trabalho, aos salários e aos direitos sociais e trabalhistas.

Vamos levantar nossas bandeiras:

- Liberdade de manifestação e expressão

- Fim das perseguições e punições aos trabalhadores que lutam

- Amplo e irrestrito direito de greve

- Reintegração de todos os demitidos políticos

- Fim dos processos criminais e administrativos

- Fim da violência e dos assassinatos dos que lutam no campo e na cidade

- Fim dos ataques às organizações sindicais e sociais

CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Amanda Gurgel: Porque não aceitei o prêmio de entidade empresarial



Nesse dia 4 de julho, o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio "Brasileiros de Valor 2011". O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio. Mandei essa carta para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação.



Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald's, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.

A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.

Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.

Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.

Saudações,

Professora Amanda Gurgel

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O SINDIUTE ORIENTA QUANTO AO CALENDÁRIO ESCOLAR:

1. NÃO ASSINAR NENHUMA ATA, INDEPENDENTE DO TEXTO, POIS O CALENDÁRIO FOI IMPOSTO, E NÃO SABEMOS QUAL O INTERESSE DA PMF COM ESTAS ATAS, JÁ QUE TEMOS AÇÃO NA JUSTIÇA, DEFENDENDO O DIREITO A 60 DIAS DE FÉRIAS.

2. OS PROFESSORES TEM ATÉ O FINAL DO ANO PARA QUE SUAS AULAS SEJAM RECUPERADAS.

3. ESTAMOS AGUARDANDO A DECISÃO DA JUSTIÇA NA CAUTELAR E NO DISSÍDIO.


4. PROFESSORES DE LICENÇA MÉDICA DEVEM ENTREGAR NA ESCOLA, PARA QUE O MESMO POSSA SER SUBSTITUÍDO, E A REPOSIÇÃO GARANTIDA. 

INFORMES DA ASSEMBLEIA

1. O Ministério Público cearense, por intermédio da procuradora Geral de Justiça do Estado do Ceará, Maria do Perpétuo Socorro França Pinto, entrou hoje, 05 de julho, no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), com pedido de medida cautelar (liminar) para que seja imediatamente suspensa a Lei nº 9.780, de 01 de junho de 2011 do Município de Fortaleza. A Lei dispõem sobre a adequação dos vencimentos-base dos professores do quadro permanente da Prefeitura de Fortaleza. E que o SINDIUTE vai entrar nestas ações como amicus curiae .

2. O Ministério Público Estadual (MPE) vai investigar as ações da Guarda Municipal durante confronto com professores grevistas e vereadores. No último dia 7 de junho, no momento mais duro de manifestação da categoria, que estava em greve e reivindicava o cumprimento da lei nacional do piso salarial, quando a Guarda reagiu acionando spray de pimenta e bomba de gás lacrimogêneo contra o grupo. Para isso, o ministério requisitou a canais de televisão as imagens captadas no dia da ação da guarda, além das gravações do circuito interno na Câmara de Vereadores, caso haja. A promotoria também pediu informações à própria Casa e ao delegado-geral responsável pela instauração de procedimento policial em torno dos fatos. O diretor-geral da Guarda Municipal e Defesa Civil, Arimá Rocha, que comandou toda a operação durante o conflito, disse que vai prestar devidamente as informações ao MPE, mas insiste na legalidade das ações dos guardas. 

3. A ilegalidade foi mantida pelo desenbargador, que negou a multa de 30 mil reais para o SINDIUTE solicitada pela PMF, por entender que o SINDIUTE acatou a decisão judicial, retornando na segunda-feira, visto que a sexta foi decretado ponto facultativo.

4. O Dissídio impetrado pelo SINDIUTE aguarda o prazo para MPE emitir parecer, segundo o desembargador, será julgado logo que o MP devolva o processo.

5. O SINDIUTE aguarda o julgamento da ações ajuizadas de garantia dos 60 dias de férias, 30 após cada semestre, portanto nenhuma ata deve ser assinada. Informou que conforme a lei, os professores tem aula à recuperar até o final do ano letivo, quando caso não seja recuperada essas faltas são enviadas.

6. Que todas as situações de repressão, constrangimento ilegal e/ou assédio devem ser registradas em B.O e imediatamente encaminhada ao sindicato. Email. sindiute@sindiute.org.br - assunto: denúcia.


7. Que nenhuma legislação brasileira determina quórum mínimo de alunos em sala, e se houvesse este quórum a obrigação de garantia, não seria do professor. A obrigação de oferta da educação é da PMF, e de garantir a frequência é da família. O diretor da escola deve procurar o Conselho Tutelar, para que o mesmo possa advertir os pais da obrigação de levar os filhos para escola. Os professores devem garantir a reposição aos alunos presentes.

8. Que a liberdade de expressão é garantida na CF, e que o acesso do sindicato, bem como a afixação de cartazes é garantida pela OIT. Os professores devem registrar por email todas as denúncias de crime contra a liberdade de expressão e de inteceptação e violação de correspondências do sindicato para os professores.

9. Que os casos de professores que o calendário impede a formação continuada do professor matriculado em período anterior a greve, deve ser encaminhado por email: sindiute@sindiute.org.br - assunto; Calendário e Formação.

10. O SINDIUTE solicitou o envio ao sindicato de publicações de licenças prêmios não gozadas, de indeferimento de redução da carga horária para professores com 50 anos de idade;

11. Foi ratificada a próxima paralização nacional, dia 16/08. Piso, Carreira, PNE e Eleições de diretores, com programação a confirmar.

12. Durante a reposição o SINDIUTE irá desenvolver a Operação de combate ao Assédio Moral e a Perseguição com visitas as escolas.

Fonte: Sítio do SINDIUTE

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Chapa apoiada pela CSP-Conlutas vence eleição do maior sindicato do Estado do Amapá

Adesivo comemorativo ao 1° ano de central
Na noite do dia 29 de junho, antes mesmo de terminar a apuração geral, a chapa 1, já era considerada vencedora pela comissão eleitoral dada a ampla diferença de votos.

O SINSEPEAP (Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Estado do Amapá) tem 59 anos de história, desde sua fundação era controlada pelo mesmo grupo. Nos últimos anos estava à frente da entidade a Articulação Sindical, corrente sindical que sai em meio a vários casos de corrupção dentro no sindicato.

Uma eleição em meio a várias greves da Educação


Nos últimos meses, a exemplo de vários estados do Brasil, o Amapá também foi palco de várias lutas em defesa dos salários e direitos dos trabalhadores em Educação e na busca de uma Educação pública gratuita e de qualidade, foi dessa forma que os militantes da CSP-Conlutas atuaram e foram decisivos na condução do processo que acabou desvendando o caráter governista e oportunista da direção ligada à CUT. A greve dos trabalhadores em Educação de Macapá foi dirigida pelos militantes da CSP-Conlutas e arrancou o reajuste de 19,5% e no Estado a luta e engajamento dos militantes da Central Sindical e Popular conseguiram terminar de forma vitoriosa a greve Estadual.

A CSP-Conlutas dirigirá a maior Executiva Municipal do estado

Na capital, a Executiva Municipal terá como vice-presidente o auxiliar educacional Ailton Costa, militante do PSTU e dirigente sindical da CSP-Conlutas. “O nosso trabalho de base foi fundamental para garantir a vitória”, disse Ailton. Também na Executiva Estadual teremos representantes, o diretor de política e formação sindical e a diretoria de Gênero e políticas sociais, sobretudo no momento em que crescem os casos de machismo em um setor predominantemente composto por mulheres.A direção eleita terá a tarefa histórica de reorganizar a entidade e recolocá-la no campo das lutas com independência de classe e para isso será importantíssimo discutirmos com a base o papel das centrais sindicais governistas, principalmente por que o SINSEPEAP ainda é filiado a CUT.

Almir Brito – Professor e dirigente sindical da CSP-Conlutas no Amapá
Fonte: Sítio da CSP-Conlutas

domingo, 3 de julho de 2011

Greve dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais continua

No dia 28 de junho os trabalhadores em educação do estado de Minas Gerais decidiram pela continuidade da Greve. A greve se iniciou no dia 08 de junho, contra a política salarial de Anastásia (PSDB), e em por um Piso salarial de R$ 1597,97 para uma jornada de 24 horas de trabalho.

Anastasia apresentou a lei do subsidio como política remuneratória, que é a soma de todas as vantagens que compõem o salário, porém os trabalhadores somente progridem na carreira através de avaliações de desempenho. Minas Gerais paga um dos mais baixos salários do pais.

Com esta lei o governo dividiu ainda mais a nossa categoria, que já é muito fragmentada. Somos divididos entres os que possuem biênio, quinquênio, férias prêmio e os que não tem. Entre efetivos, efetivados e designados. E agora, mantendo a lei do subsidio, seremos os que estão no subsidio e os que não estão. Se mantiver esta lei os novos concursados serão enquadrados nesta legislação, sem nenhum direito. Alguém acredita que podemos confiar neste governo? Por isso somos a favor da reconstrução de nossa carreira, com a garantia de nossos direitos e a revogação da lei do subsídio. Os valores do subsidio devem ser transformados em piso. Somente com a greve podemos garantir um piso de verdade e uma carreira única para todos os trabalhadores (as) em educação.

A próxima assembleia será no dia 06 de julho no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

  • Por um Piso de 1.597,87 já!
  • Rumo ao piso do Dieese para 20 horas !
  • Pela reconstrução de nossa carreira!
  • Biênio e Quinquênios para Todos!
  • Revogação da Lei do Subsidio.
  • 1/3 de hora atividade para todos.
  • Concurso público já!

Unificar é fortalecer a greve

Há várias greves da educação em curso no Brasil afora. Em Minas Gerais estão entrando em greve diversas cidades Ribeirão das Neves, Ipatinga, Governador Valadares, Raul Soares entre outras, estas greves são pela pagamento do PSPN.

Além da Educação outras categorias se encontram em Greve. A Policia Civil está há quase dois meses de greve que foi decretada ilegal e mesmo assim não recuam na mobilização. E desde segunda feira os trabalhadores da saúde também paralisaram suas atividades e se uniram a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e do serviço público.

Dilma retira verbas da educação

O governo Dilma cortou 50 bilhões de reais do orçamento este ano. Sendo 3 bi da educação. Também quer congelar os salários do funcionalismo pelos próximos dez anos, não se assustem se Anastasia e outros governadores não copiarem esta medida.

O PNE (Plano Nacional de Educação) nada mais é do que uma carta de boas intenções. Se quer garante o pagamento do piso do magistério e aprofunda a privatização da educação e avança na meritocracia. Temos que dizer não ao PNE do governo Dilma (PT) e construir um PNE dos trabalhadores.

Mais do que nunca é necessário uma grande greve nacional em defesa da educação.
POR UM PNE DOS TRABALHADORES!
10% do PIB Já!

Gustavo Olimpio
Movimento Educação Em Luta
Fonte: Sítio da CSP-Conlutas

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Por que aplicar já 10% do PIB nacional na Educação Pública?

A educação é um direito fundamental de todas as pessoas. Possibilita maior protagonismo no campo da cultura, da arte, da ciência e da tecnologia, fomenta a imaginação criadora e, por isso, amplia a consciência  social comprometida com as transformações sociais em prol de uma sociedade justa e igualitária. Por isso, a luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como “direito de todos e dever do Estado”.

No entanto, o Estado brasileiro, por expressar os interesses dos ‘donos do poder’, não cumpre sua obrigação Constitucional. O Brasil ostenta nesse início de século XXI, se comparado com outros países, incluindo vizinhos de América Latina, uma situação educacional inaceitável: mais de 14 milhões de analfabetos totais e 29,5 milhões de analfabetos funcionais (PNAD/2009/IBGE) – cerca de um quarto da população - alijada de escolarização mínima. Esses analfabetos são basicamente provenientes de famílias de trabalhadores do campo e da cidade, notadamente negros e demais segmentos hiperexplorados da sociedade. As escolas públicas – da educação básica e superior - estão sucateadas, os trabalhadores da educação sofrem inaceitável arrocho salarial e a assistência estudantil é localizada e pífia.

Há mais de dez anos os setores organizados ligados à educação formularam o Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (II Congresso Nacional de Educação, II Coned, Belo Horizonte/MG, 1997). 

Neste Plano, professores, entidades acadêmicas, sindicatos, movimentos sociais, estudantes elaboraram um cuidadoso diagnóstico da situação da educação brasileira, indicando metas concretas para a real universalização do direito de todos à educação, mas, para isso, seria necessário um mínimo de investimento público da ordem de 10% do PIB nacional. Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7% e, mesmo assim, este percentual foi vetado pelo governo de então, veto mantido pelo governo Lula da Silva. Hoje o Brasil aplica menos de 5% do PIB nacional em Educação. Desde então já se passaram 14 anos e a proposta de Plano Nacional de Educação em debate no Congresso Nacional define a meta de atingir 7% do PIB na Educação em ... 2020!!! 

O argumento do Ministro da Educação, em recente audiência na Câmara dos Deputados, foi o de que não há recursos para avançar mais do que isso. Essa resposta não pode ser aceita. Investir desde já 10% do PIB na educação implicaria em um aumento dos gastos do governo na área em torno de 140 bilhões de reais. O Tribunal de Contas da União acaba de informar que só no ano de 2010 o governo repassou aos grupos empresariais 144 bilhões de reais na forma de isenções e incentivos fiscais. Mais de 40 bilhões estão prometidos para as obras da Copa e Olimpíadas. O Orçamento da União de 2011 prevê 950 bilhões de reais para pagamento de juros e amortização das dívidas externa e interna (apenas entre 1º de janeiro e 17 de junho deste ano já foram gastos pelo governo 364 bilhões de reais para este fim). O problema não é falta de verbas públicas. É preciso rever as prioridades dos gastos estatais em prol dos direitos sociais universais.

Por esta razão estamos propondo a todas as organizações dos trabalhadores, a todos os setores sociais organizados, a todos(as) os(as) interessados(as) em fazer avançar a educação no Brasil, a que somemos força na realização de uma ampla campanha nacional em defesa da aplicação imediata de 10% do PIB nacional na educação pública. Assim poderíamos levar este debate a cada local de trabalho, a cada escola, a cada cidade e comunidade deste país, debater o tema com a população. Nossa proposta é, inclusive, promover um plebiscito popular (poderia ser em novembro deste ano), para que a população possa se posicionar. E dessa forma aumentar a pressão sobre as autoridades a quem cabe decidir sobre esta questão.

Convidamos as entidades e os setores interessados que discutam e definam posição sobre esta proposta. A ideia é que façamos uma reunião de entidades em Brasília (dia 21 de julho, na sede do Andes/SN). A agenda da reunião está aberta à participação de todos para que possamos construir juntos um grande movimento em prol da aplicação de 10% do PIB na educação pública, consensuando os eixos e a metodologia de construção da Campanha. 

Junho de 2011.

ABEPSS, ANDES-SN, ANEL, CALET-UnB, CFESS, COLETIVO VAMOS À LUTA, CSP-CONLUTAS, CSP-CONLUTAS/DF, CSP-CONLUTAS/SP, DCE-UnB, ENECOS, ENESSO, EXNEL, FENED, MST, MTL, MTST/DF, MUST, OPOSIÇÃO ALTERNATIVA, CSP-CONLUTAS/RN, PRODAMOINHO, SEPE/RJ, SINASEFE, SINDREDE/BH, UNIDOS PRÁ LUTAR.


Fonte: Sítio do ANDES/SN