segunda-feira, 30 de maio de 2011

"A escola virou um depósito de crianças"

Professora do Rio Grande do Norte ganha fama ao enfrentar deputados e expor a situação precária da educação no País


Oito minutos. Foi o tempo necessário para a professora potiguar Amanda Gurgel roubar a cena, dias atrás, numa audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Com apenas 1,57 m de altura, mas postura de gigante, ela proferiu um discurso no qual dizia, com ideias bem amarradas e rara transparência, receber salário de R$ 930 por mês (“menos do que os deputados gastam em suas indumentárias”), que os professores vivem uma crise de identidade e estão doentes. A condição indigna dos docentes não é novidade, mas o vídeo com a sincera fala de Amanda correu o País com intensidade impressionante e colocou em foco esse profissional, sobre quem está depositado o futuro do Brasil. Duas semanas depois de o vídeo do discurso ser postado na rede, havia sido visto quase 1,6 milhão de vezes.

Amanda, 28 anos, começou a dar aula aos 21. Há três, foi diagnosticada com depressão, afastou-se da escola e retornou em funções fora da sala de aula. Hoje, dá expediente na biblioteca de um colégio estadual e no laboratório de informática de um municipal. Além dos R$ 930, seu salário do município, recebe R$ 1.217 pelo Estado. Amanda decidiu lecionar ainda adolescente, mesmo sabendo que a remuneração era baixa. “Só entendi de fato o que isso significava quando tive de me sustentar e comprar meu primeiro quilo de feijão”, conta. Órfã de pais desde menina, ela nasceu em Natal e foi criada pelos tios. Estudou em escolas públicas e privadas, no interior do Estado. Solteira, sem filhos, tem uma rotina puxada. Mora sozinha numa quitinete, acorda às 5 horas, pega três ônibus para ir trabalhar e volta para casa somente às 22 horas.

ISTOÉ – O que mudou na sua vida desde a divulgação do vídeo?
Amanda Gurgel – Minha rotina está temporariamente alterada. A repercussão do vídeo gerou um assédio nacional e esse é um momento que eu quero divulgar os problemas da educação no País e ser uma porta-voz de meus colegas. Então, estou me doando.

ISTOÉ – Pensa em se candidatar a algum cargo público?
Amanda – Olha, não me vejo agora fazendo outra coisa. Sei que o meu lugar é na classe trabalhadora, no chão, na escola, junto com os meus colegas. Sou filiada ao PSTU desde o ano passado, mas sempre fui militante, primeiro no movimento estudantil, depois pela causa da educação. Mas, nunca pensei em me candidatar a nada. É uma discussão futura.

ISTOÉ – Como gasta seu salário?
Amanda – Não tenho luxo, só gasto com o essencial, como alimentação, moradia, vestimentas e plano de saúde. Quase não tenho acesso a lazer. A última vez que fui ao cinema foi em 2010.

ISTOÉ – Por que se afastou da sala de aula?
Amanda – Houve um tempo em que eu trabalhava em três horários, estava na rede privada, acabei assumindo o município e tinha uma média de 600/700 alunos. Comecei a dar aula em 2002, tinha 21 anos, estava eufórica, topando tudo. O ápice do problema de saúde foi de 2007 para 2008, quando percebi que estava estafada. Estava em sala de aula com alunos pouquíssimos proficientes. Alunos de sexto ano que não sabiam ler palavras básicas como bola, pato, entendeu? Comecei a me desesperar diante da realidade, não sou alfabetizadora. O que vou fazer se nada do que estou preparada para oferecer eles estão preparados para receber? Sou professora de língua portuguesa e literatura portuguesa e brasileira de alunos dos ensinos fundamental II e médio.

ISTOÉ – Por que as crianças não aprendem?
Amanda – O aluno de 6 anos está em uma sala de aula superlotada e não há condição de alfabetizar ninguém dessa forma. Fala-se muito em democratização do ensino básico, mas se cada etapa do processo de aprendizado não é trabalhada de forma adequada, não há democracia. A escola virou um depósito de crianças, que é o que os políticos querem. Eles querem ter um lugar para deixar a criança enquanto os pais vão trabalhar e nada mais.

ISTOÉ – Foi o início da sua crise?
Amanda – Foi. Fiquei um tempo de licença e voltei em adaptação de função. Minha última aula como professora de português foi em 2008.

ISTOÉ – Quais funções você desempenha em cada escola?
Amanda – A resposta revela um sério problema de infraestrutura. Na escola do Estado, onde trabalho de manhã, estou na biblioteca. Na escola do município, passei por diversas funções. Passei pela coordenação e pela biblioteca e agora estou no laboratório de informática. Apesar de os computadores terem chegado há cinco anos na escola, só agora eles começaram a funcionar.

ISTOÉ – Por quê?
Amanda – Por várias questões. Primeiro, a instalação das máquinas foi muito demorada. Para isso, é necessário um técnico da secretaria porque a escola perde completamente a garantia daquelas máquinas se acontecer qualquer coisa errada. Depois de instaladas, foi um longo processo para a chegada de um técnico para fazer funcionar a internet e outro extenso período para a instalação do ar-condicionado na sala. Foram cinco anos que nós passamos com os computadores na caixa e com aquela sala fechada, apesar de toda a carência que se tem de espaço.

ISTOÉ – Qual o principal problema da educação no País?
Amanda – Se for para eleger um apenas, eu diria a falta de investimento. Como pode um País que deveria investir 5% do seu PIB em educação e investe 3%, paga esse salário irrisório aos professores e deixa a estrutura da escola chegar a um estágio de precarização que precisa ser interditada, como aconteceu numa escola no interior do Rio Grande do Norte, na cidade de Ceará Mirim?

ISTOÉ – Por que foi interditada?
Amanda – O corpo de bombeiros interditou a escola porque nada mais funcionava lá. O teto estava para desabar, a instalação elétrica estava precária, oferecendo risco à integridade física dos alunos e dos professores. Todos esses problemas estão relacionados à falta de investimento. Com um salário digno, o professor poderia ficar na escola, preparando as aulas, conhecendo os alunos, poderia evitar casos como o do atirador Wellington de Menezes. Como um professor vai ser capaz de observar algo se ele tem 600 alunos e não é capaz de, quando chega em casa, visualizar quem são todos? Não temos como mudar essa realidade se não tivermos um investimento imediato. Não estou falando de daqui a dez anos. Há a necessidade de se investir 10% do PIB do País em educação.

ISTOÉ – A que você credita a sua educação?
Amanda – É uma junção de coisas. Desde muito novinha, sempre fui metida. Comecei a ser alfabetizada e já corrigia as pessoas. Também acho que o funcionamento das escolas no interior é bem diferente do da capital. Nas cidades pequenas, onde estudei, funciona melhor. O fato de o professor ter acesso direto aos pais dos alunos coloca a criança e o adolescente na situação de “eu não posso sair da linha, senão o professor vai falar para a minha mãe”. Então, há mais disciplina. Minha educação de base foi de fato muito boa.

ISTOÉ – Se algum aluno disser a você que quer ser professor o que diria?
Amanda – Depende do dia. Acho que fiz certo, mas tenho meus momentos. Já cheguei a dizer ‘não quero mais’, mas em outros momentos, como hoje, estou me sentindo cheia de energia para estar na sala de aula e trabalhar com o aluno. Quando a gente é adolescente, tem uma estrutura familiar por trás. Sempre soube que professor ganhava mal, mas só entendi de fato o que isso significava quando tive de me sustentar e comprar meu primeiro quilo de feijão.

Claudia Jordão
Fonte: Revista Istoé 
Em: Blog Molotov

domingo, 29 de maio de 2011

PROGRAMAÇÃO de GREVE

Zonal dos professores do Estado

Diante da indefinição do Governo do Estado sobre a implementação do Piso Salarial e da omissão da diretoria do sindicato APEOC, os professores da EEM Governador Adauto Bezerra convidam aos demais professores da rede estadual para uma reunião onde deveremos discutir a situação da categoria e a nossa intervenção na assembleia que está marcada para o dia 08/06.

Nesse momento os professores da rede municipal de Fortaleza dão exemplo de luta em defesa de seus direitos. Professores do Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, dentre outros também estão em luta. Vamos divulgar essa reunião para todos os nossos colegas, seja do Estado ou do Município, nas nossas redes sociais, fazendo visita nas escolas, ligando e fazendo a discussão da necessidade de nos organizarmos nesse momento. Vamos solicitar o apoio de outras categorias, dos pais e de nossos alunos.

REUNIÃO DE ZONAL

- 02/06 (QUINTA-FEIRA) ÀS 17H NA EEM GOV ADAUTO BEZERRA (Rua Monsenhor Liberato, 1850 Bairro de Fátima, próx. ao CH UECE). 

DIVULGEM E PARTICIPEM!

sábado, 28 de maio de 2011

ÔNIBUS NOS TERMINAIS PARA IDA AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA (CAMBEBA) - SEGUNDA-FEIRA 30 DE MAIO

TERMINAL DO PAPICÚ: SAÍDA 12:30h

TERMINAL ANTÔNIO BEZERRA: SAÍDA 12:30h

TERMINAL LAGOA: SAÍDA 12:30h

TERMINAL PARANGABA: SAÍDA 12:30h

TERMINAL MESSEJANA: SAÍDA: 12:30h

TERMINAL CONJUNTO CEARÁ: SAÍDA 12:30h

Fonte: Sítio do SINDIUTE

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Professores grevistas são impedidos de entrar na Câmara Municipal

Amanda Gurgel vai a Fortaleza apoiar greve de professores municipais

Professora do Rio Grande do Norte participa de ocupação da Câmara municipal pelos trabalhadores grevistas

CAMILA CHAVES, DE FORTALEZA (CE)

Imagem publicada pela imprensa
cearense
As trabalhadoras e trabalhadores da educação municipal de Fortaleza, que resistem bravamente em um processo de greve iniciado no dia 27 de abril, participaram, nesse 25 de abril, de um debate organizado pela CSP-Conlutas, com a presença da professora do Rio Grande do Norte, Amanda Gurgel.

Recebida com entusiasmo por militantes, grevistas e sindicalistas, Amanda Gurgel, que na última semana ficou conhecida nacionalmente por questionar a secretária de educação e deputados durante audiência pública realizada na cidade de Natal, falou sobre a atual situação da educação brasileira e afirmou estar sofrendo perseguição devido aos últimos acontecimentos.

De acordo com Fernanda Guimarães, professora da rede municipal de ensino de Fortaleza, situações como a protagonizada por Amanda Gurgel são importantes para ganhar o apoio da sociedade nos processos de reivindicação. “A imprensa local costuma boicotar todas as nossas ações. O que a Amanda conseguiu foi sintetizar e mostrar ao país os problemas mais corriqueiros vivenciados por nós, professores, e isso foi muito positivo”, afirmou.




Greve em Fortaleza

Na capital cearense, a greve de professores teve início com a pressão da categoria para que a atual prefeita, Luizianne Linz (PT), cumprisse com questões já previstas no Estatuto do Magistério, tais como: licença prêmio; redução da carga horária de trabalho; 30 dias de férias ao fim de cada ano letivo; e tempo para planejamento.

Embora tenha sido a lei do piso municipal, no último dia 16, considerada legal, no dia 19 a prefeita encaminhou mensagem para aprovação na Câmara que divide a categoria, uma vez que propõe o pagamento do que é previsto em tabela às professoras e professores de nível médio, e salários mais baixos que os atuais às de nível superior e com especialização.

Conforme afirma Fernanda, “a cada dificuldade os professores respondem em atos mais massivos”, como o que na manhã desta quarta-feira conseguiu ocupar a Câmara e impedir a votação da mensagem enviada pela prefeita. Amanda Gurgel participou da ocupação, que teve grande repercussão na mídia. E assim segue em uma série de mobilizações que culminarão na Audiência Pública a ser realizada no próximo dia 30. 

A greve de professores da educação municipal de Fortaleza, que conseguiu atingir a adesão de 100% da categoria que hoje conta com cerca de treze mil trabalhadoras e trabalhadores, já segue, por si só, vitoriosa.

Fonte: Sítio do PSTU

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Câmara municipal ocupada!

Os professores de Fortaleza, em greve desde 26 abril, ocuparam hoje pela manhã a Câmara Municipal.
Isso foi uma resposta do movimento a Mensagem enviada pela prefeita Luizianne (PT) à Câmara.
Queremos a imediata retirada da Mensagem, que vem para golpear toda a categoria.
Lutamos pelo imediato cumprimento da lei do piso (um terço para planejar e vencimento base).
Também não aceitaremos a retirada de direitos!

Força companheiros, a greve continua!
Resistir e ocupar para o Piso implantar!

Direto da Câmara ocupada

terça-feira, 24 de maio de 2011

FORTALECER A GREVE! PARAR 100% JÁ! IMPEDIR A VOTAÇÃO DE QUALQUER MENSAGEM QUE NÃO CONTEMPLE A CATEGORIA!

Prefeita Luizianne tenta dar GOLPE na categoria
A prefeita Luizianne Lins, do PT, tentou dar um golpe nos professores do município, em GREVE desde 26 de abril, quando enviou à Câmara Municipal mensagem para ser votada em caráter de urgência acerca da implantação da Lei do Piso. O Projeto é uma afronta a toda categoria. Primeiro, porque não trata da questão dos direitos negados. Segundo, não apresenta nada acerca do planejamento, isto é, mesmo com a vitória de 1/3 para planejar, Luizianne segue intransigente ao não cumprir a Lei. Quanto ao valor do piso, a mensagem aplica um valor falso, pois não leva em consideração os reajustes dos anos de 2009, 2010 e 2011 do custo-aluno, como a Lei define. Em resumo, a mensagem traz apenas um pequeno reajuste para os professores de nível médio, que hoje correspondem a uma pequeníssima parcela da categoria. Para os demais estágios da carreira o reajuste é ridículo! Essa Mensagem, de fato, pretende destruir o PCCS e dividir a carreira! Estaremos atentos também a possível manobra de incorporação da regência ao vencimento base. Queremos o imediato cumprimento da Lei do Piso!

Um tiro pela culatra
O governo petista não contava com essa. Os professores ao tomarem conhecimento da Mensagem expressaram todo seu repúdio a esse ataque. Proclamaram em alto e bom som que “AGORA É QUE A GREVE INICIA”. O teor do Projeto da prefeita só inflamou ainda mais nossos sentimentos de luta e conquista da vitória. Agora, ainda mais do que antes, é preciso ter claro que todas as conquistas da classe trabalhadora são fruto de nossa luta organizada. Não devemos depositar nenhuma confiança no governo e seus aliados. Nosso caminho mais seguro segue sendo o das lutas.

Os ativistas da CSP-Conlutas vão continuar ombro a ombro com os professores nas idas às escolas, nos comandos, nos atos e demais atividades até a vitória da categoria, assim como já fazemos desde o início. Entendemos a importância da unidade dos trabalhadores na luta contra Luizianne Lins e seus ataques.  

Professores em GREVE pela defesa da educação pública, gratuita e de qualidade! 
É preciso deixar claro que os professores são os maiores defensores do ensino público. Os governos, na verdade, não têm nenhum compromisso com a educação. Para dar um exemplo atual, o Governo Dilma cortou 50 bilhões do orçamento, dos quais 3 bilhões foram da educação. O PNE do Governo também segue essa linha de descaso ao lançar para o futuro (10 anos!) a meta de 7% do PIB para educação, isso é muito aquém das bandeiras históricas de 10% do PIB para educação já.

Nós, que estamos nas salas de aula, que sofremos com os baixos salários, com a falta de materiais de trabalho, com a infraestrutura sucateada das escolas, com a truculência dos diretores, que passamos nossos fins de semana, muitas vezes, trabalhando em casa, planejando, elaborando, corrigindo é quem temos real compromisso com os alunos e suas famílias. Temos que parar para melhorar, sermos valorizados e tratados com respeito.

Defendemos:
- Mobilizar constantemente na base. Fortalecer os comandos de GREVE! Parar 100% das escolas já!
- Impedir a votação de qualquer mensagem que não contemple a categoria!
- Unificar a luta dos professores do município e estado! Zonais unificados já!
- Redução de carga horária com 50 anos de idade ou 20 em sala!
- Licença Prêmio já!
- 30 dias de férias após cada semestre, com abono!
- Imediato cumprimento da Lei do Piso, rumo ao Piso calculado pelo DIEESE para 20h semanais!
- 1/3 para planejamento, rumo a 50%!
- Atualização dos anuênios!
- Correção das distorções do PCCS!
- Eleições diretas para diretor!
- Pelo calendário único no município!
- 10% do PIB para educação já!

Amanda Gurgel em Fortaleza

PROGRAMAÇÃO DE GREVE

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Amanda Gurgel em Fortaleza

Assembleia Geral dos professores do Município

Professora Amanda Gurgel no Domingão do Faustão



A professora Amanda Gurgel de Freitas está em greve do Rio Grande do Norte. Na semana passada, ela chamou a atenção do país ao falar em uma audiência pública na Assembléia Legislativa da situação pela qual passam os professores de seu Estado. Entretanto todas as denúncias da professora são uma expressão do cotidiano dos professores brasileiros. Há greve em diversos estados reivindicando aumento salarial e melhores condições de ensino.

Amanda Gurgel, militante da CSP-Conlutas coloca seu depoimento à disposição da luta dos trabalhadores.

Todo apoio à luta dos professores municipais e estaduais do Brasil.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Greve de professores da rede municipal de Fortaleza vai completar 1 mês

Professores do Município decidem continuar a greve

Notícia do sítio da Câmara Municipal de Fortaleza


A greve dos professores de Fortaleza continua. A decisão foi tomada no final da manhã desta quinta-feira, por unanimidade dos grevistas presentes à assembleia geral realizada no pátio da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor). A greve reivindica a implantação do Piso Nacional do Magistério em R$ 1.597,00 no salário base, conforme a proposta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Os encaminhamentos dados à greve prevêem mobilização nas escolas na sexta-feira, ida a missas e cultos no sábado e domingo, concentração no terminal de ônibus do Siqueira, na manhã de segunda-feira, e nova assembleia geral na terça (24), às 9h, na CMFor.

Presente à assembleia dos professores que decidiu pela continuidade da greve, o vereador Plácido Filho (PDT) reclamou da Prefeitura que “não está pagando o Piso estabelecido por Lei. Isso mostra que a prefeita Luizianne Lins não dá importância para a Educação”.

Já o líder do Executivo na Casa, vereador Ronivaldo Maia (PT), informou que a Prefeitura está fazendo todos os esforços necessários para atender, no que for possível, às reivindicações da categoria.

O vereador João Alfredo (PSOL) também apoiou a luta dos professores. Segundo ele é papel do vereador garantir condições de trabalho e salariais para os professores. João Alfredo integra a comissão de vereadores que está negociando com a Prefeitura o fim da greve com o atendimento ao Piso, eleição direta para diretores e ganhos sociais como licencia prêmio.

A greve chega hoje ao 24º dia sem avanço nas negociações. A decisão pela continuidade da greve foi seguida de queima de fogos e com palavras de ordem como: “Oh Luizianne chegou a hora. Ou paga o piso ou não piso na escola”.

Fonte: Sítio da Câmara Municipal de Fortaleza 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Professores municipais em greve bloqueiam cruzamentos no Benfica

Mauri Melo, O Povo
Professores municipais em greve bloqueram a Avenida da Unversidade com 13 de Maio na manhã desta quarta-feira, 18. Em estado de greve desde o fim de abril, a categoria realizou parada que durou cerca de 10 minutos no cruzamento.

Com faixas, cartazes e apitos, os professores fecharam ainda o cruzamento da Avenida 13 de Maio com Carapinima, também por 10 minutos. Nesta quinta-feira, 19, os grevistas realizam assembleia geral na Câmara Municipal de Fortaleza, a partir das 10 horas.

Os professores reivindicam aplicação da Lei do Piso, direito à licença-prêmio, eleição para diretores de escolas, correção do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e o cumprimento de no máximo 2/3 da carga horária do magistério, em atividades de sala de aula.


Fonte: Redação O POVO Online

domingo, 15 de maio de 2011

Professores de Fortaleza entram na terceira semana de greve

Desde o dia 26 de abril os professores de Fortaleza encontram-se de greve por tempo indeterminado. A paralisação já alcança a adesão de 90% da categoria


A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, do PT, desfere um duro golpe nos trabalhadores em educação da rede municipal. Direitos históricos da categoria, como Licença Prêmio, Redução de Carga Horária, Planejamento e Férias estão sendo negados. Há casos de professores que deveriam está gozando a segunda licença, mas nem mesmo conseguiram usufruir a primeira. E o que é pior: muitos professores estão se aposentando (afastando) sem ter podido gozar desse direito.

Em diversos momentos, a prefeitura, através de seu secretário de administração, Vaumik Ribeiro, expõe que não acha justo que o professor tenha direito a Licença Prêmio. Existem também diversos casos de professores que possuem tempo ou idade para reduzirem sua carga horária em sala de aula, mas quando vão dar entrada ao processo descobrem que esse direito não está sendo concedido a ninguém. Vale ressaltar que nas escolas do município não há tempo algum para o professor planejar suas aulas.

A manutenção desses direitos está no centro das reivindicações da greve e a categoria mostra-se disposta a lutar pela sua garantia.

Sem o piso eu não piso na escola!

Os trabalhadores em educação vão à luta também pelo imediato cumprimento da Lei do Piso (Lei nº 11.738 de 2008). O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), sofreu uma derrota ao ver sua ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade), movida em conjunto com quatro outros governadores, ser considerada improcedente pelo STF. Luizianne Lins escondeu-se por detrás do governador e desde 2008 não vem cumprindo a Lei.

O resultado dessa ação causou grande impacto na categoria. O não cumprimento da Lei do Piso que trata principalmente da questão do vencimento base e de 1/3 para planejamento, vem mobilizando os professores de Fortaleza. A categoria tem se manifestado pela garantia imediata desse direito. E a greve no município já anima os professores da rede estadual.

Esse Piso, na verdade, é aquém das reivindicações históricas do magistério de piso do DIEESE para 20h semanais e 50% para planejamento, mesmo assim Cid e Luizianne se negam a cumprir a Lei.

A intransigência da gestão petista e os vacilos da CUT

O governo petista tem demonstrado seu total desprezo pela educação pública ao não negociar com os professores. Na verdade, no intuito de desmobilizar a categoria já foram marcadas diversas audiências, nas quais a prefeitura ou não recebe a comissão de negociação ou não apresenta proposta alguma.

A direção majoritária do SINDIUTE, ligada à CUT, também vem deixando a desejar. Por diversas vezes, o sindicato mostrou-se vacilante, antes da greve defendeu a incorporação das gratificações ao salário base e no início da greve pediu para que os professores parassem apenas por dois dias. A democracia sindical também está em xeque, pois a ala majoritária atua querendo calar a minoria ligada à CSP-CONLUTAS, além de caluniar e fraudar votações, como no caso do desconto extra.

Unificar a luta dos professores das redes estadual e municipal

O coletivo de professores CSP-CONLUTAS pela base na Educação vem desenvolvendo uma forte campanha na base da categoria. Explicando aos trabalhadores que Cid e Luizianne estão juntos e que é necessário e urgente a unificação da luta dos professores das redes estadual e municipal.

O Dia Nacional de Paralisação foi o primeiro passo para essa unidade ao reunir cerca
de 5 mil professores das duas redes.

- Unificar a luta dos professores do município e estado!
- Redução de carga horária com 50 anos de idade ou 20 em sala!
- Licença Prêmio já!
- 30 dias de férias após cada semestre, com abono!
- Imediato cumprimento da Lei do Piso, rumo ao Piso calculado pelo DIEESE para 20h!
- 1/3 para planejamento, rumo a 50%!
- Atualização dos anuênios!
- Correção das distorções do PCCS!
- Pela redução do número de alunos por sala de aula (20 no Fundamental e 25 no Médio)!
- Pelo calendário único no município!
- Eleições diretas para diretor!
- Reposição das perdas salariais dos últimos anos!
- Pelo fim do assédio moral!
- Mobilizar constantemente na base. Fortalecer os comandos de GREVE! Parar 100% das escolas já!

Por Antonio Félix e Nivânia Amâncio, de Fortaleza (CE)
Fonte: Sítio do PSTU

segunda-feira, 9 de maio de 2011

FORTALECER A GREVE NA BASE DA CATEGORIA! PARAR 100% JÁ! UNIFICAR MUNICÍPIO E ESTADO!

Boletim Informativo dos professores do Município

Duas semanas de GREVE
A GREVE dos professores do município vem tendo boa adesão na base da categoria num movimento crescente. Motivados pelo risco da perda de direitos históricos e pela votação favorável à Lei do Piso no STF, os professores vêm desenvolvendo uma grande mobilização nas escolas das diversas regionais. Destaca-se também o papel de muitos professores, que mesmo sofrendo pressão dos diretores não têm recuado e nem cedido ao assédio moral. Por outro lado, a prefeita Luizianne (PT) revela seu total descaso pela educação pública ao não negociar imediatamente com a categoria. Adiou várias audiências e prefere não tratar dos direitos negados e nem da Lei do Piso (Salário e 1/3 de planejamento). Está tentando nos cansar.

Nenhum direito a menos!
Essa GREVE também tem como ponto central de reivindicação a manutenção de direitos que a gestão Luizianne quer retirar. Um deles é a licença-prêmio concebida a cada 5 anos, são inúmeros os casos de professores que estão sendo impedidos de tirar suas licenças. Outro ponto é o planejamento que hoje nas escolas do município é inexistente. A redução da carga horária, por idade ou tempo de serviço, também vem sendo negada. E apesar de termos direito a 30 dias de férias após cada semestre letivo isto não vem sendo respeitado. Também consideramos urgente o pagamento dos anuênios atrasados e o fim das distorções do PCCS.

Pelo cumprimento imediato da Lei do Piso!
Tivemos uma vitória parcial ao derrotamos a ADI movida por 5 governadores, incluindo Cid Gomes (PSB). Porém, somente através de nossa luta organizada poderemos fazer cumprir o Piso. Devemos manter e fortalecer a mobilização ainda mais para garantirmos 1/3 para planejar e o salário previsto. Consideramos ainda que um PISO ideal deveria ter como vencimento base o salário mínimo proposto pelo DIEESE, de R$ 2.194. Assim, como defendemos que o tempo ideal de planejamento deveria ser como nas universidades em algumas capitais, de 50% da carga horária. Mas, mesmo com uma Lei do Piso rebaixada, Cid e Luizianne demonstram seu total desprezo pela educação pública, ao não aplicarem imediatamente a Lei. Portanto, nós professores devemos implantar o piso através das lutas, exigindo o cumprimento imediato da lei do piso e partindo mais a frente para a conquista do piso do DIEESE e de 50% de tempo para planejamento. 

Luizianne e Cid estão juntos. Precisamos unificar Estado e Município
Está marcada uma paralisação nacional em defesa da educação no dia 11 de maio. No município, estamos indo para terceira semana de GREVE devido a recusa da prefeita Luizianne em assegurar direitos (redução de carga horária, licença prêmio e férias) e pelo não cumprimento da lei do piso. É nossa tarefa construir a unificação da luta dos professores de estado município.

Exigências a direção majoritária do SINDIUTE
Os professores têm demonstrado uma imensa disposição de construir a GREVE, contudo a direção majoritária do Sindiute continua pecando no que se refere a sua tarefa de mobilizar a categoria e dialogar com a população de Fortaleza sobre a greve. Portanto exigimos dessa direção:
- Divulgar uma nota na imprensa sobre a GREVE da categoria.
- Mobilizar constantemente na base. Parar 100% das escolas já!
- Zonais unificados (Município e Estado)!
- Chamada do Sindiute para assembleia unificada no dia 17 de maio.

Venha construir a CSP-CONLUTAS!
Defendemos a mais ampla unidade na luta dos professores. Porém, também consideramos que o atrelamento das centrais sindicais aos governos prejudica muitíssimo a luta. Nós que compomos o coletivo CSP-Conlutas pela base na Educação acreditamos num modelo de organização pautada pela organização de base, democrática, verdadeiramente de luta e independente em relação aos governos e patrões. Hoje somos direção minoritária no Sindiute, e estamos na luta construindo em conjunto com os professores, venha se reunir conosco. Venha construir a luta dos professores e a CSP-Conlutas!

Nossa próxima reunião: 14 de maio (sábado), às 15h no Sindicato dos Rodoviários (SINTRO) – Av. Tristão Gonçalves, 1380 – Centro (em frente ao Hospital SOS); Contato: 3206 6650 / Félix: 88003795.

Boletim informativo aos professores do Estado

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE:
 É HORA DE RETORMARMOS O CAMINHO DA LUTA!
No mês de abril do corrente ano, o governador Cid Gomes (PSB) sofreu uma grande derrota. Em função das inúmeras greves que surgiram no país ainda em 2009, o Supremo Tribunal Federal, sentindo-se pressionado, acabou por derrubar a tão famigerada ADIN.

Aqui, no Estado do Ceará, eclodiu uma greve fortíssima que passou por cima da direção da APEOC. O movimento grevista teve o envolvimento dos professores não apenas da capital como também do interior. A direção do Sindicato APEOC, atrelada ao governo Cid, tentou frear o movimento, mas a categoria indignada com a situação da educação no Estado foi até as últimas consequências.

A justiça, após um mês de paralisação, decretou a ilegalidade da greve, com um fato inédito: se o professor não retornasse imediatamente a sala, pagaria uma multa de cem reais por cada dia parado. A diretoria da APEOC, em vez de chamar a categoria para se manter firme, fez um chamado na imprensa para que todos voltassem imediatamente à sala de aula. Caso contrário o sindicato não se responsabilizaria.

Mesmo diante desse fato, a categoria manteve a greve com bastante debilidade, até que no dia 30 de junho, em assembleia convocada pelo SINDIUTE, a categoria pôs fim a greve. Vale salientar que a categoria não saiu derrotada. Impusemos ao Governo a não aplicação da avaliação de desempenho, assim como o fim do trabalho aos sábados.

Professores do estado, presente!
Ao contrário do que coloca Cid Gomes em sua propaganda, a situação da educação no estado vem piorando. São escolas sem infraestrutura, salas de aula super lotadas, carência de professores, falta de segurança e um longo etc. Além disso, não existem condições mínimas de trabalho para os professores. Sem falar dos salários miseráveis, que nos obrigam a trabalhar em três turnos abdicando de tempo que poderia ser dedicado a família, estudos ou lazer. Não temos tempo suficiente para planejar nossas atividades em sala. O estado vem esmagando o professor, destruindo nossa categoria, seja desestimulando os mais novos, seja adoecendo os mais velhos. É mais do que urgente melhorar as condições de trabalho do professor!

Nós da CSP-Conlutas Pela Base na Educação acreditamos que só a luta dos professores irá mudar essa situação. Não é possível que tenhamos os nossos direitos retirados e a educação sucateada sem que façamos nada.  Propomos construir um movimento amplo baseado na democracia e na combatividade em oposição à atual diretoria da APEOC, que vem constantemente traindo os trabalhadores da educação se fazendo de voz do governo junto aos professores.

AGORA, CUMPRIMENTO IMEDIATO DA LEI DO PISO!
AMANHÃ, 50% PARA PLANEJAMENTO E MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E SALÁRIO. 
Com a derrota do governo, após a decisão da constitucionalidade da lei pelo STF, só nos resta levantarmos e exigirmos o imediato cumprimento da já rebaixada lei do Piso. Esse não é o Piso que nós almejávamos. A reivindicação histórica da categoria era do salário do DIEESE para uma carga horária de vinte horas. Para planejamento pedagógico exigíamos 50% da carga horária. A lei garante um piso muito aquém do esperado ao firmar um vencimento básico inicial de 1187,00 (para a formação em nível médio, equivalente a referência 1 no estado) e uma jornada de 1/3 para hora atividade.

Apesar de está abaixo das reivindicações históricas da categoria, precisamos lutar pelo imediato cumprimento da lei, pois nosso planejamento se reduz a 1/5 da jornada de trabalho e o salário base da referência 1 para 40h é R$ 739,84.  Mesmo com uma plataforma tão rebaixada e após o reconhecimento da constitucionalidade da lei, o governo Cid nega-se a cumpri-la.

LUIZIANNE E CID ESTÃO JUNTOS.
PRECISAMOS UNIFICAR ESTADO E MUNICÍPIO!
Está marcada uma paralisação nacional em defesa da educação pela CNTE. No estado, várias escolas vão paralisar suas atividades no dia 11. No município, a categoria entra na terceira semana de greve devido a recusa da prefeita Luizianne (PT) em assegurar direitos conquistados (redução de carga horária, licença prêmio e férias) e pelo cumprimento imediato da lei do piso.  

É nossa tarefa fortalecer a mobilização no município. Afinal de contas, nossa luta é a mesma. A APEOC está convocando uma assembleia para o dia 03 de junho. Esperar tanto tempo pode ser tarde demais. Pois dará tempo ao governo de preparar suas armas contra os professores. É importante realizarmos uma massiva paralisação no dia 11, somarmo-nos aos professores do município e exigir da APEOC a antecipação imediata da assembleia.

- PELO IMEDIATO CUMPRIMENTO DA LEI DO PISO!
- CONTRA QUALQUER PCCS QUE VENHA RETIRAR DIREITOS!
- SINDICATO É PRA LUTAR, ASSEMBLEIA JÁ!
- ZONAIS UNIFICADOS (ESTADO E MUNICÍPIO)!
- RUMO AO PISO DO DIEESE PARA 20H COM 50% DE HORA ATIVIDADE!

Participe da reunião do coletivo de professores CSP-Conlutas pela base na Educação
- Local: Sindicato dos Rodoviários (SINTRO) – Av. Tristão Gonçalves, 1380 – Centro;
- Data: 14 de maio;
- Horário: 15h;
- Contato: 3206 6650 / Félix: 88003795.
A vitória dessa luta depende de você. Venha construir a CSP-CONLUTAS!
 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Informes e Programação

Antes de tudo o coletivo CSP-CONLUTAS pela base na Educação gostaria de saudar os professores e professoras do município que se encontram em GREVE desde o dia 26 de abril. 

É importante salientarmos que nada vem de graça. Se quisermos manter nossos direitos que estão sendo retirados e fazer cumprir a Lei do Piso temos que ir à luta. Nesse momento, consideramos de fundamental relevância a manutenção dos comandos de greve e a passagem nas escolas, isto é, a construção da mobilização na base da categoria. Imprescindível também é nossa participação nos zonais - reuniões de professores por regional  - que irão ter início amanhã. 

Vale ressaltar que a prefeita Luizianne (PT) age com intransigência ao não negociar com a categoria. Negando-se, inclusive, a aplicar a lei. Portanto, não podemos depositar nenhuma confiança no governo municipal e nem na corrupta Câmara de Vereadores. Nosso caminho mais seguro segue sendo o das lutas. 

CSP-Conlutas pela base na Educação


Segue abaixo a programação:

  

terça-feira, 3 de maio de 2011

O coletivo CSP-CONLUTAS pela base na Educação fará reunião nesse sábado

CALENDÁRIO DE GREVE DOS PROFESSORES DO MUNICÍPIO

04/05 - Visita as escolas
  • Local: Escolas QGs do Comando de Greve em cada regional
  • Horário: 7h
04/05 - Assembleia Geral

  • Local: SME (Desembargador Moreira)
  • Horário: 9h
04/05 - Audiência Pública 
  • Local: SME (Desembargador Moreira)
  • Horário: 16h

Informe sobre a greve dos professores do município

A assembleia de ontem (02/05) se mostrou bastante representativa, com uma presença aproximada de 2000 professores e professoras do município.

Os informes da direção majoritária vinculada a CUT tentam expressar um avanço gradativo das negociações, e ainda afirmam que a importância da mobilização da categoria em greve é um elemento facilitador do diálogo com gestão petista. Discurso esse que ao mesmo tempo em que centra a mobilização de greve no cumprimento do piso, em seus quatro pilares: carga horária de 40 horas, data base da categoria para 1° de janeiro, 1/3 de carga horária de planejamento, e o valor salarial, que nesse ano passa para R$ 1.597,87 no nível médio.

Pontos nos quais a direção majoritária afirma que a gestão municipal – ambos são membros do mesmo partido – já avançou nos dois primeiros, ou seja, carga horária de 40 horas e data base, e que continuam conversando sobre os principais pontos. Tais iniciativas por parte dessa direção visam amenizar as críticas à gestão municipal, para tanto, basta observar as suas repetidas intervenções onde afirmam que em duas semanas de mobilizações já ocorreram duas audiências com a gestão das quais os resultados foram a efetivação das nomeações pendentes e a convocação de mais 600 professores aprovados no último concurso. 

O último e-mail disponibilizado pela direção majoritária, afirma que a gestão fará uma avaliação de seu orçamento como medida necessária para cumprimento do piso.

Portanto, o que podemos observar é que essa direção CUTista, apesar de nas assembleias apresentar uma retórica supostamente enfurecida contra a gestão, na qual muitas vezes as críticas são propositalmente desviadas da prefeita para a sua secretária de educação, ou então de seu partido para a atual prefeita, na verdade tem como objetivo impedir o fortalecimento da luta da categoria e amenizar as críticas ao PT, partido a qual ambas pertencem: gestão municipal e direção majoritária do Sindiute.

Realizando assim, todos os movimentos para transformar a mobilização da categoria em puro poder de reivindicação parlamentar, onde a ação direta dos trabalhadores é substituída pela ação do parlamento como espaço prioritário de negociação. Nessa perspectiva a mobilização dos trabalhadores é meio para construção e legitimação do parlamento, ao invés de o parlamento ser espaço de legitimação das lutas dos trabalhadores, como defende as teses históricas do movimento dos trabalhadores. A confirmação dessa análise está na presença na mesa dessa última assembleia da deputada petista Raquel Marques, e do vereador do PSOL, João Alfredo.

Diante de todo esse movimento, comumente arquitetado por essa direção, nós da CSP-Conlutas pela base na educação, que construímos uma oposição cerrada às direções governistas e dirigimos as mais importantes lutas dos trabalhadores em nossa cidade nos últimos anos, como a recente greve vitoriosa da construção civil no ano de 2011 e a dos trabalhadores rodoviários no ano passado, seguimos afirmando que nossa greve deve conseguir a imediata efetivação de nossos direitos, os quais ainda existem em nosso estatuto do magistério, e que a prefeita petista pretende cassá-los a partir de posturas arbitrárias e ilegais, como: o direito a licença prêmio, a redução de carga horária, e agora pela imediata implantação da lei do piso.

Diferente da direção majoritária, que coloca a mobilização dos trabalhadores como um simples catalisador das negociações, nós da CSP-Conlutas pela base na educaçãoconsideramos que apenas uma forte mobilização da categoria pode garantir a imediata implantação do piso, pois essa não se concretizará em ações no parlamento ou conversas de gabinetes, mas através da luta dos trabalhadores organizados, onde cada escola se torne uma célula dessa organização. Somente com essa convicção de que a organização serve a luta dos trabalhadores, a qual nunca se cessa, poderemos partir para a luta do piso que realmente possa nos garantir as condições básicas para a nossa existência, como prever a constituição de 1988, e que é calculado pelo DIEESE pelo valor de R$ 2.194. Assim como, exigirmos o tempo de planejamento de 50%, como já acontece nas universidades e alguns estados e municípios.

Assim devemos, continuar na mobilização de todas as escolas, para que estas venham aderir a greve, devemos continuar na luta chegando a 100% de escolas paradas e só retornaremos quando todos os nossos direitos forem garantidos.

NENHUM DIREITO A MENOS!!!!! 100% DE ADESÃO A GREVE!!!

PELA GARANTIA DA LICENÇA PRÊMIO E REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA!!!

30 DIAS DE FÉRIAS POR SEMESTRE!!!

PELA IMEDIATA IMPLANTAÇÃO DO PISO!!!

E RUMO AO PISO DO DIEESE!!!

Prof. José,
CSP-Conlutas pela base na Educação

CSP-Conlutas no Senado Federal

segunda-feira, 2 de maio de 2011

CALENDÁRIO DE LUTA DOS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL

03/05 - Audiência Pública 
  • Local: SME (Desembargador Moreira)
  • Horário: 16h


04/05 - Assembleia Geral
  • Local: SME (Desembargador Moreira)
  • Horário: 9h

Vitória dos trabalhadores da construção civil

Categoria conquista 10% de reajuste e cesta básica de R$ 35,00

Com corações ansiosos pela notícia que vinha da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE) os operários seguiram na com a assembleia de greve que eclodiu em uma grande explosão de alegria quando o assessor político do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), Valdir Pereira, anunciou o resultado das negociações.

Os mais de 14 piquetes, passeatas e caravanas que vinham de toda Fortaleza e região metropolitana, deram voz as reivindicações dos operários, enquanto Valdir Pereira anunciou que o sindicato patronal aceitou a reivindicação dos trabalhadores de 10%, cesta básica de R$ 35,00 em 12 meses e a retirada do pedido feito pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon/ CE) no Tribunal Regional do Trabalho de abusividade da greve.

O Coordenador Geral do STICCRMF, Nestor Bezerra, colocou em votação a proposta que foi aprovada por unanimidade. Para Nestor, “a vitória desta greve é a vitória de cada operário da construção civil deste estado, não nos curvamos à imposição patronal e agora vemos a certeza dos ganhos que esta campanha trouxe”.

Para José Batista, Coordenador da Central Sindical e Popular CSP/Conlutas, a participação dos trabalhadores e das entidades do movimento sindical, para o dirigente “a vitória desta campanha salarial é uma vitória da CSP/Conlutas e de todos os segmentos que apoiaram nossa campanha salarial”.

Fonte: Voz do Peão

domingo, 1 de maio de 2011

CALENDÁRIO DE LUTA NO MUNICÍPIO

02/05 - Assembleia Geral
  • Local: Ginásio Marista (Meton de Alencar c/ Jaime Benévolo)
  • Horário: 9h

03/05 - Audiência Pública 
  • Local: SME (Desembargador Moreira)
  • Horário: 16h

Ato unitário entre operários da costrução civil e professores marca dia de luta em Fortaleza

Os trabalhadores da construção civil iniciaram da manhã desta quinta (28/04) mais um dia de mobilização pela campanha salarial 2011 com a presença de 3 mil operários.

O movimento reuniu diversas passeatas dos mais diferentes pontos de Fortaleza como, Avenida Beira Mar, Centro de Convenções, Cocó e Varjota. E caravanas que vinham do Bairro Novo (Maracanaú), Jurema (Caucaia), Beach Park (Aquiraz), Lagoa Redonda, Messejana, Bairro de Fátima e Maraponga.

Às 10 horas, foi dado início a assembleia que apresentaria a apresentação do resultado da negociação com o sindicato patronal que aconteceu no dia anterior (27/04) na Superintendência Regional do Trabalho (SRTE/CE), às 14h30 que terminou às 18 h.

O reajuste oferecido pelo sindicato patronal na tarde de ontem, gerou mais uma palavra de ordem criada pelos trabalhadores “três reais é bem pouquim, vamos lutar até o fim”.

Unidade com os Professores

Após a votação na assembleia, os operários da construção civil foram, em caravana, participar da greve dos professores, que acontecia em frente ao Paço Municipal, sede da Prefeitura de Fortaleza.

Na prefeitura, foi realizado uma tribuna com a participação da CSP-CONLUTAS, CUT, DCE da UECE, Anel, SindUECE, do SINDIUTE, ANDES, Fórum do Passe Livre, dentre outras entidades.

Solidariedade aos Peões

Zé Gotinha, da Construção Civil de Belém acompanha a luta dos operários de Fortaleza desde o dia 18 de abril. O dirigente informou que durante o ato em defesa dos trabalhadores da construção civil do Brasil realizado no dia de hoje, os operários paraenses pararam 60 obras e destacaram a luta dos operários cearenses.

Gotinha descreve com entusiasmo a mobilização dos operários cearenses “nós começamos desde o primeiro dia de mobilização nas obras da Av. Washington Soares, viemos a pé até a Praça Portugal debaixo de chuva e vamos continuar a lutar, tanto aqui como em Belém.”

Segundo o sindicalista paraense, os trabalhadores precisam de melhorias salariais e que os acidentes de trabalho diminuam “em apenas quatro meses de 2011 já foram 11 trabalhadores mortos em construção só em Belém.”

Nova Rodada de Negociação

Acontece nesta sexta-feira (29/04), uma nova rodada de negociação na SRTE, buscando uma proposta digna por parte do sindicato patronal. Tendo a manutenção da greve e mobilização na Praça Portugal tendo uma nova assembleia.


Fonte: Site Voz do Peão