segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ato contra o aumento dos deputados!

Nessa terça, 01/02/2011, acontecerão atos em todo país CONTRA O AUMENTO ABUSIVO DOS SALÁRIOS DOS DEPUTADOS, SENADORES, MINISTROS E PRESIDENTE DA REPÚBLICA.

Em Fortaleza, o ato acontecerá em frente à Assembleia Legislativa onde estará acontecendo a posse dos novos deputados no Estado e terá a participação da CSP-CONLUTAS entre outras entidades de movimento sindical, popular e estudantil.

Local: Assembleia Legislativa do Ceará
(Av. Desembargador Moreira, 2807 - Dionísio Torres)
Horário: 10h

TODOS AO ATO CONTRA O AUMENTO DOS DEPUTADOS!
Participe também do Twittaço às 12h:  #naoaoaumentodosdeputados

domingo, 30 de janeiro de 2011

Internacional: Todo apoio à luta do povo egípcio contra a crise econômica e pelo fim do governo do ditador Mubarak

Por três dias o povo egípcio saiu às ruas e enfrentou a repressão policial que já matou 26 pessoas. Insatisfeitos com a crise econômica, todos exigem o fim do governo do ditador Mabarak, que foi obrigado a anunciar a dissolução de seu governo.

A CSP-Conlutas se solidariza com a luta do povo egípcio.

Leia abaixo a matéria da BBC Brasil:

Mubarak dissolve o governo e defende repressão aos protestos

Em seu primeiro pronunciamento desde o início da onda de manifestações no Egito, o presidente do país, Hosni Mubarak, anunciou nesta sexta-feira a dissolução do governo e afirmou que um novo gabinete seria nomeado no sábado

Em discurso transmitido pela TV estatal, Mubarak, que que está no poder desde 1981, disse ainda que os protestos não estariam ocorrendo caso seu governo não tivesse introduzido liberdades civis e de imprensa no país.

Ele defendeu a atuação das forças de segurança na repressão das manifestações e afirmou que não permitiria que o Egito, país tão importante para o norte da África e o Oriente Médio, seja desestabilizado.

A fala de Mubarak ocorreu enquanto milhares de manifestantes desafiavam um toque de recolher imposto no país nesta sexta-feira, apesar da presença de militares nas ruas.

Inicialmente aplicado em três cidades (Cairo, Suez e Alexandria), a medida foi estendida a todo o território egípcio no início da noite (hora local, à tarde no Brasil), refletindo uma intensificação nos protestos durante o dia.

Segundo fontes médicas, ao menos 13 pessoas morreram em Suez e cinco morreram no Cairo em confrontos nesta sexta-feira, o que eleva para 26 o total de mortes ocorridas desde que os protestos se iniciaram, na terça-feira.

Mais cedo, ainda nesta sexta, serviços de internet e telefonia celular foram aparentemente bloqueados no país.

No Cairo, manifestantes atearam fogo na sede do Partido Nacional Democrático, mesma agremiação de Mubarak, e cercaram os prédios do Ministério das Relações Exteriores e da TV estatal.

A emissora anunciou que o toque de recolher vigoraria entre as 18h desta sexta-feira e as 7h do sábado e que militares trabalhariam em conjunto com os policiais para reforçar a ordem.

Militares - A TV egípcia transmitiu a chegada ao Cairo de tropas militares e de blindados. Ao passar pelos manifestantes, muitos soldados acenavam para a multidão.

As manifestações desta sexta-feira - de proporção sem precedentes na história do Egito - se seguem a três dias de protestos e foram inspiradas em uma onda de protestos populares que culminou com a queda do presidente da Tunísia, Zine Al-Abidine Ben Ali, há duas semanas.

Também nesta sexta, policiais tunisianos evacuaram um acampamento de manifestantes diante do escritório do primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi, em Túnis. Eles exigiam a renúncia do governo interino e a saída de todos os aliados de Ben Ali.

O premiê voltou a pedir calma aos manifestantes e disse que seu governo continuaria no poder até a instauração da democracia no país.

No Cairo, policiais entraram em confronto com milhares de manifestantes nas ruas, usando bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar a multidão, que respondeu atirando pedras, queimando pneus e montando barricadas.

A BBC Brasil acompanhou alguns embates e viu policiais à paisana baterem em mulheres que caminhavam perto da multidão.

Conforme a noite avançava, helicópteros sobrevoavam a capital e tiros eram ouvidos.

Estados Unidos - Nesta sexta-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, exortou as autoridades egípcias a permitir protestos pacíficos. "Estamos profundamente preocupados com o uso da violência pela polícia e força de seguranças egípcias contra manifestantes", disse Hillary.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que os Estados Unidos poderão revisar sua ajuda ao Egito com base no desenrolar dos eventos nos próximos dias.

"Obviamente nós vamos revisar nossa postura de assistência baseados nos eventos agora e nos próximos dias", afirmou Gibbs.

O Egito é o quarto principal destinatário de ajuda americana, atrás apenas do Afeganistão, do Paquistão e de Israel.

Nesta sexta-feira, o governo americano lançou um alerta para seus cidadãos, desaconselhando qualquer viagem não-essencial ao Egito.

Outras cidades - Em Suez, um grupo invadiu uma delegacia de polícia, roubou armas e ateou fogo ao prédio. Choques também foram registrados nas cidades de Alexandria, Mansoura e Assuã, assim como Minya, Assiut, Al-Arish e na Península do Sinai.

Há relatos de que centenas de líderes da oposição foram presos durante a madrugada. Ao menos dez pertenceriam à organização Irmandade Islâmica, banida pelo governo.

Outros relatos dão conta de que o líder da oposição e Nobel da Paz Mohamed ElBaradei estaria sendo mantido em prisão domiciliar, mas a versão não foi confirmada oficialmente.

ElBaradei, ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), chegou ao Cairo na quinta-feira para se juntar às manifestações.

Do sítio da CSP-CONLUTAS.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

BOLETIM INFORMATIVO CSP-CONLUTAS PELA BASE NA EDUCAÇÃO

A Europa está sendo sacudida pela crise mundial do capital. Depois de destinar bilhões do dinheiro público para salvar o sistema financeiro, os governos se voltam contra os trabalhadores e a juventude, retirando-lhes direitos que foram conquistados por décadas de lutas: demissões, redução e congelamento de salários, diminuição do seguro desemprego e da licença maternidade, privatizações e precarização no trabalho, corte de verbas do orçamento público e do sistema de ensino. Tudo isso está na ordem do dia com a crise do capital. 

No Brasil, Dilma (PT) assume a presidência num momento de aparente estabilidade, mas já inicia seu mandato anunciando que 2011 será um ano de cortes e ajustes, antecipando-se a uma possível retomada da crise por esses lados. O bloqueio de gastos no Orçamento de 2011 poderá chegar à casa dos R$ 30 bilhões de reais. Já se fala em uma nova reforma da previdência e congelamento de salário dos servidores públicos. Passado o período de estabilidade e crescimento em que as grandes empresas tiveram lucros recordes e abrindo-se um momento de contenção, a fatura será cobrada dos trabalhadores. Precisamos nos preparar para os enfrentamentos. 

Apesar das condições econômicas favoráveis sobre as quais Lula (PT) governou o país nos últimos oito anos, contando com o apoio incondicional das principais centrais sindicais (CUT, FORÇA SINDICAL, CTB etc.), não foi possível garantir aos trabalhadores a promessa de campanha ainda do primeiro mandato, ou seja, de dobrar o salário mínimo. Lula se despede com um salário mínimo de R$ 540,00 reais, ao mesmo tempo em que o Congresso aprova um salário parlamentar de R$ 26.000,00, configurando um aumento de pelo menos 63% em seus salários. 

No cenário estadual, Cid Gomes (PSB) inicia uma nova gestão contando com o apoio de praticamente todos os partidos tradicionais, incluindo o PT. Problemas históricos como a precariedade da saúde pública e a ineficiência dos projetos de segurança pública se aprofundaram. Enquanto isso, o governo centra as suas forças em mega construções, como o aquário e o centro de convenções. No caso específico da categoria dos professores, o governo não atendeu a reivindicação do piso e da redução da carga horária. Agora, a APEOC junto com o governo Cid propõe um plano de cargos e carreiras contendo avaliação de desempenho, com o claro objetivo de acabar com a estabilidade no serviço público e privatizar a Educação. 

Em Fortaleza, os professores vêm sofrendo sucessivos ataques da prefeita Luiziane Lins: não pagou os anuênios atualizados, não corrigiu as distorções do PCCs, não concedeu licença prêmio, negou redução de carga horária e protelou as aposentadorias. Além disso, a prefeita quer por fim as férias da categoria. Diante de tudo isso ainda há um grande número de professores doentes devido às condições de trabalho e uma grande quantidade de escolas que não há professores e alunos sem ter sua carga horária cumprida sem esquecer o assédio moral dos diretores de escola, muitas vezes, aliados com os coordenadores pedagógicos. Infelizmente, a direção majoritária do SINDIUTE se restringe a ações pontuais via parlamento e às vezes na justiça, se negando a mobilizar a categoria para o enfrentamento com a prefeitura. 

Somente a unidade de todos trabalhadores pode garantir avanços e vitórias na luta. Para isso, devemos nos organizar e fortalecer as organizações combativas que estão no campo da luta, contra os governos e patrões. 

Em 2010 tivemos um irrisório reajuste de 4.11% e nada mais depois de várias negociações, onde a direção majoritária em nenhum momento chamou os professores para acompanhá-la resultando em um acordo rebaixado. 

Em 2011 se encaminha para acontecer o mesmo, por isso chamamos todos os professores para se fazer presentes no dia 03 de fevereiro na SME, às 15 horas, para acompanhar as negociações. E no dia 10 de fevereiro para Assembleia Geral da categoria, às 16horas, em frente à SME.


DEFENDEMOS:

· Imediata implantação da Lei do Piso Salarial Nacional, rumo ao Piso calculado pelo DIEESE para 20h!


· Pela redução da jornada de trabalho: 1/3 para atividade rumo à redução para 50%!

· Reposição das perdas salariais dos últimos anos!

· Unificação das Campanhas Salariais (Estado e município)!

· Não à Avaliação de Desempenho!

· Pela valorização e melhoria do IPM e do ISSEC!

· Convocação IMEDIATA de todos os professores concursados da rede estadual e municipal!

· Pelo pagamento imediato dos 2% da progressão e das faltas descontadas dos professores que fizeram greve!

· Pelo fim do assédio moral!

· Pela redução do número de alunos por sala de aula (20 no Fundamental e 25 no Médio)!

· Pela eleição direta para diretores!

· Os trabalhadores em educação não devem pagar pela crise do capital!


Convite: 

Reunião da CSP-CONLUTAS pela base Educação para discussão da Campanha Salarial 2011. Participe!

- Data: 22/01/2011

- Horário: 15h;

- Local: Rua Agapito dos Santos, Nº 480;

- Contato: (85)3206 6650.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Chuvas, desabrigados e mortes: luta e solidariedade de classe

Diante da proporção que o estrago das chuvas vem provocando em nosso país, não é mais possível aceitar o desgastado argumento dos governantes, de que a responsabilidade é da natureza ou da população que habita “áreas impróprias”.

Cidades inteiras alagadas, mais de 500 mortes e milhares de famílias desabrigadas são a expressão mais trágica de políticas de governo que negam direitos básicos à classe trabalhadora: moradia, saneamento e falta de condições dignas de vida, entre elas, a garantia de prevenção a desastres naturais.

Segundo dados da ONG Contas Abertas, em 2010, o gasto com a reconstrução de áreas atingidas por catástrofes foi 14 vezes maior que o destinado à prevenção. E, em 2011, o valor será ainda menor, R$ 137 milhões, ou seja, 23% a menos do que em 2010. Só para se ter ideia do quanto isso é pouco, estima-se que para reconstruir os locais devastados do Rio de Janeiro serão necessários cerca de R$ 590 milhões.

Diante da tragédia, que frente aos fatos vividos em 2010 poderiam ser minimamente previstos, a presidente Dilma corre atrás do prejuízo, informando que editará medida provisória liberando R$ 700 milhões para ajudar as vítimas. Mas deixa claro que, imediatamente, serão apenas R$ 40 milhões. O restante vai ter de esperar os trâmites burocráticos e pode demorar até três meses para chegar ao seu destino.

Vale lembrar que é muito difícil controlar se de fato, o dinheiro chega à população, pois o controle não é feito pelos trabalhadores, se dá pelo próprio governo. Até hoje, após um ano, Angra dos Reis-RJ ainda não foi reconstruída.

No congresso, desde 2009, há cerca de 30 projetos para votação que potencialmente poderiam prevenir acidentes naturais, mas não saíram do papel. Realidade bastante distinta da situação dos parlamentares e membros do poder executivo que tiveram seus salários reajustados em cerca de 60% a 130%, em uma sessão que durou poucos segundos.

Seguramente, os parlamentares e as autoridades do poder executivo não necessitam viver em áreas de risco, não foram atingidos pelas chuvas e, muito menos perderam suas casas. Ganham salário muito superiores àquelas pessoas que terão de reconstruir suas vidas com um salário mínimo de R$ 540,00 - valor que, caso seja aumentado pelo congresso, poderá ser vetado pela presidente.

As tragédias assustam e impactam a população. Mas a vergonhosa maneira como o povo é tratado pelos governantes e suas ações revoltam. Há 16 anos, o PSDB governa São Paulo. Há mais quatro de anos o PMDB governa o Rio de Janeiro. Há mais de oito anos o PT governa o Brasil. Todos esses partidos tiveram tempo suficiente para conhecer, planejar e executar quaisquer obras que pudessem prevenir ou garantir estrutura para o povo.

Mas não fizeram. E não farão. Não governam para a classe trabalhadora, por isso, não investem em saneamento, não constróem moradias, não estão interessados em garantir condições de vida para a população. Governam para manter seus interesses e de seus aliados. Empenham-se em obras de grande repercussão eleitoral: Copa, Olimpíadas e a ocupação militar de favelas. E, aliás, para executá-las, não se intimidam em despejar, derrubar casas e reprimir os trabalhadores.

A luta pelo fim das mortes por ocasião das chuvas é também uma luta de nossa classe. É uma tarefa que se insurge contra os governos, mas também contra o sistema capitalista.

Exigimos a liberação imediata dos recursos para atender as vítimas; Elaboração de um plano de desapropriação compulsória de grandes áreas mantidas pela especulação imobiliária para execução de projetos de moradia popular, em parceria com entidades populares (gestão direta); política permanente de prevenção e assistência as populações em áreas de risco, com garantia de auxílio aluguel no valor adequado e moradia definitiva, na mesma região da moradia anterior; Indenização imediata das famílias atingidas pelas enchentes com perdas de vida e materiais; fim dos despejos e remoções em função da especulação imobiliária ou empreendimentos privados; criação de uma comissão de prevenção e acompanhamento de situações de risco de despejos, envolvendo secretaria de justiça, CDHU e Ouvidoria da PM.

E, junto com a luta política, nesse momento, quando milhares de trabalhadores são vítimas do descaso dos governos, se faz necessária a solidariedade de classe. Por isso, chamamos as entidades da classe trabalhadora a organizarem campanhas de solidariedade. Assim como nos mobilizamos para ajudar os haitianos trabalhadores, também vamos nos mobilizar pelos brasileiros vitimados pelas enchentes.

São Paulo dará o pontapé, no dia 18, próxima terça-feira, organizando uma reunião de várias entidades de trabalhadores para organizar a campanha. Convidamos a todos a se somarem, fazendo o mesmo em seus estados e regiões.

Ana Pagamunici, membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cesta básica sobe acima de 10% em 14 de 17 capitais, aponta Dieese

O custo da cesta básica teve alta acima de 10% em 14 das 17 capitais pesquisadas em 2010, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

As maiores elevações ocorreram em Goiânia (22,90%), Recife (19,96%), Natal (18,14%) Manaus (16,73%), Fortaleza (16,21%) e São Paulo (16,20%). Em seguida aparecem Curitiba (15,16%), João Pessoa (13,84%), Rio de Janeiro (13,74%), Florianópolis (12,92%), Belém (10,65%), Vitória (10,46%), Belo Horizonte ( 10,41%) e Salvador (10,13%).

Abaixo dos 10%, ficaram apenas Porto Alegre (6,13%), Brasília (5,15%) e Aracaju (3,96%).

Segundo o Dieese, o comportamento dos alimentos básicos em 2010 foi oposto ao apurado em 2009, quando, no final do ano, 16 das 17 cidades acompanhadas apresentavam recuo nos preços dos gêneros de primeira necessidade.

Em dezembro, os produtos básicos tiveram queda em oito capitais, enquanto nas outras nove cidades o preço aumentou. As maiores elevações foram em Natal (6,78%) e Curitiba (2,05%). Já as baixas mais significativas ocorreram em Salvador (-4,24%) e Aracaju (-2,17%).

No mês passado, São Paulo continuou a ser a capital onde o custo da cesta foi mais elevado, atingindo R$ 265,15 --ainda que tenha subido apenas 0,20% em relação a novembro. Porto Alegre, que teve alta de 0,95%, registrou o segundo maior custo (R$ 252,15), seguida por Manaus (R$ 252,06).

Os produtos básicos só custaram menos do que R$ 200 em Aracaju (R$ 175,88) e João Pessoa (R$ 194,24).

SALÁRIO MÍNIMO

O levantamento do Dieese sugere que o salário mínimo necessário para o trabalhador brasileiro cobrir despesas básicas em dezembro deveria ficar em R$ 2.227,53. O cálculo, feito com base no custo da cesta básica de São Paulo, considera gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O valor representa 4,37 vezes o mínimo vigente naquele mês, de R$ 510.

Segundo os cálculos do Dieese, os trabalhadores remunerados com um salário mínimo tiveram de cumprir uma jornada de 98 horas e 11 minutos em dezembro para comprar a cesta básica. O valor dos alimentos comprometeu 48,51% do salário líquido -- após o desconto da previdência -- desses empregados na média das 17 capitais. Em novembro, a parcela dedicada à compra da cesta básica havia sido 48,52% do salário mínimo líquido.

PREÇOS

Em 2010, quatro produtos tiveram alta em todas as 17 capitais pesquisadas, com elevação expressiva em boa parte delas: carne bovina, leite, feijão e açúcar.

No caso do feijão, o custo subiu em mais de 50% em dez cidades. As variações mais significativas ocorreram em Goiânia (99,04%), Recife (97,84%), Belém
(90,00%) e Natal (81,10%) --foi considerado o feijão de cores nestas capitais.

"Os dados de 2010 foram elevados devido à redução nos preços no ano anterior, quando houve uma grande safra. Em dezembro, os preços do produto já vinham registrando predomínio de queda, comportamento apurado em 14 capitais, com destaque para Fortaleza (-17,93%), Salvador (-15,85%) e Belo Horizonte (-15,57%). Três cidades tiveram aumento: Florianópolis (4,86%), Porto Alegre (2,29%) e Natal (0,43%)", segundo nota do Dieese.

Em relação à carne bovina, houve alta de mais de 20% em 14 localidades, com destaque para Goiânia (44,65%), Rio de Janeiro (39,00%),
Fortaleza (36,94%) e São Paulo (35,32%). A menor elevação ocorreu em Aracaju (6,73%).

De acordo com o Dieese, o aumento da demanda internacional --em especial da China-- e a seca ocorrida em meados do ano que prejudicou as pastagens afetaram os preços, provocando a elevação.

A seca prolongada também justificou a alta verificada no leite, em 2010, que chegou a 25,11%, em Florianópolis; 25,10%, em Goiânia; 22,83%, em Salvador e 20,93%, em Curitiba. O menor aumento ocorreu em Aracaju (1,22%).

Por último, a elevação do custo do açúcar ocorreu como resultado do preço internacional em alta pelo forte consumo e quebra de safra em países produtores, como a Índia. Em nove capitais o preço do produto subiu mais de 20%, com destaque para Goiânia (31,51%), João Pessoa (29,87%) e Belém (24,66%). As menores taxas foram apuradas em Porto Alegre (14,21%) e Florianópolis (9,46%).

Custo da cesta básica nas capitais pesquisadas em dezembro, em R$:

São Paulo --265,15
Porto Alegre --252,15
Manaus -- 252,06
Curitiba -- 243,97
Rio -- 242,67
Vitória -- 242
Florianópolis -- 238,14
Belo Horizonte -- 236,24
Goiânia -- 234,61
Brasília --233,67
Belém -- 226,09
Natal -- 219,80
Fortaleza -- 205,65
Recife-- 205,50
Salvador -- 201,70
João Pessoa -- 194,24
Aracaju -- 175,88


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O sonhador bibliófago - dica cultural

Amantes da literatura e curiosos em geral agora possuem um novo canal na rede. Trata-se do blog “O sonhador bibliófago” do estudante de jornalismo e escritor Azuri Nojosa. 




sábado, 8 de janeiro de 2011

Crise financeira reduziu à metade o crescimento de salários

Agência Estado

A crise econômica e financeira global reduziu à metade o crescimento mundial de salários em 2008 e 2009.

No caso do Brasil, o desempenho foi considerado positivo pois mostrou aumentos salariais reais de 3,4% em 2008, e 3,3% em 2009.

De acordo com especialistas, há uma tendência de aumentar o número de trabalhadores que recebem baixos salários no mundo. No caso brasileiro, as negociações do valor do mínimo indicam que o salário ficará em torno de R$ 540 a R$ 550.

A crise financeira internacional se deflagrou em setembro de 2008, com a quebra do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers.

Ao todo, 115 países foram avaliados

A conclusão sobre a situação dos salários no mundo está no estudo Relatório Mundial Sobre Salários 2010/2011 – Políticas Salariais em Tempos de Crise, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Foram analisados dados de 115 países avaliando a situação de 94% dos cerca de 1,4 milhão de trabalhadores assalariados no mundo.

Pelo estudo, um em cada cinco trabalhadores assalariados no Brasil – considerando as seis regiões metropolitanas cobertas pela Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico (IBGE) – está na faixa de baixa renda.

Os casos considerados mais relevantes envolvem mulheres, negros, jovens e trabalhadores com baixo nível de escolaridade.

A pesquisa mostrou ainda que há pouca mobilidade entre os trabalhadores de baixa renda e os demais assalariados. De 2002 a 2009, 44,2% mantiveram-se na mesma situação, apenas 37,5% passaram a obter salários mais favoráveis, enquanto 18,3% ficaram desempregados ou saíram do mercado de trabalho.

Crescimento médio caiu

De acordo com a OIT, metade dos países analisados reajustaram o valor do salário mínimo adotado em cada região. O crescimento médio do valor dos salários mensais caiu de 2,8%, em 2007 (antes do início da crise econômica global), para 1,5% em 2008 e 1,6%, em 2009.

Quando se exclui a China desse rol de países, a constatação é de que o crescimento de salários mensais ficou ainda mais baixo: 0,8%, em 2008 e 0,7%, em 2009.

A pesquisa mostra que houve em 12 de 28 economias mais industrializadas uma redução do nível de salário real em 2008, incluindo a Alemanha, Austrália, os Estados Unidos, a Itália, o Japão, México e a Coreia do Sul. Em 2009, esta tendência se repetiu na Alemanha, na França, na Inglaterra, no Japão, no México, na Coreia do Sul e na Rússia.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Vamos protestar juntos!

Aos deputados R$ 10 mil aos trabalhadores R$ 30 reais. Não podemos aceitar, é hora de lutar!

A CSP-CONLUTAS (Central Sindical e Popular) soma-se à indignação de centenas de milhares de brasileiros e brasileiras contra o absurdo aumento que os deputados, senadores, governadores, vereadores e presidente da República deram a si mesmos, no final do ano passado - um aumento que varia entre 60% e 150%, dependendo do cargo que ocupam.

É aí que podemos ver o quanto eles são iguais, do PT ao PSDB, todos votaram em defesa desse absurdo, dessa falta de vergonha! Temos buscado levar essa denúncia e nossas opiniões ao conjunto da sociedade de nosso país. Ao mesmo tempo, nos contrapomos ao mísero reajuste de 5% dado ao salário mínimo, através de medida provisória editada por Lula no final do ano passado.

Contra a esse vergonhoso cenário, no qual parlamentares e membros do executivo têm um aumento de R$ 10 mil enquanto aos trabalhadores são garantidos apenas R$ 30 reais, é que nos juntamos às inúmeras iniciativas de protestos.

Nos somamos e passamos a coordenar o abaixo-assinado eletrônico contra o aumento dos deputados

(http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=P2010N4596), que hoje já conta com cerca de 300 mil assinaturas. E, agora, nos somaremos às manifestações programadas, via internet, nas diversas capitais de nosso Brasil.;

Confira datas, horários e locais das manifestações:


BRASÍLIA (já ocorreu): 1/01 - às 12h - (posse da Dilma) - Em frente ao Congresso.

MINAS-GERAIS: 6/01 - às 18h - Concentração na Praça da Rodoviária.

RIO DE JANEIRO: 7/01 - às 15h - Cinelândia, em frente a câmara dos vereadores, 15h.

SÃO PAULO: 8/01 - às 16h - Av. Paulista, em frente ao MASP.

RIO GRANDE DO SUL: 8/01 - às 16h - Porto Alegre, em frente ao Palácio Piratini.

SANTA CATARINA: 8/01 – às 16h - Florianópolis, em frente a UFSC.

PARANÁ: 8/01 - às 16h - Curitiba, na Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio das Araucárias.

Fazemos um chamado a todas as organizações do movimento popular, sindical e estudantil à que se somem a esta batalha.

Vamos protestar juntos. Não podemos aceitar, vamos às ruas pra lutar!